São Paulo, Brasil
Foi um desserviço.
Que mais atrapalhou, constrangeu do que ajudou o futebol feminino.
Qualquer pessoa sensata perceberia que, apesar da pieguice, badalação a Seleção Brasileira 'de Marta', ganhou o Panamericano do Rio de Janeiro, em 2007, enfrentando uma equipe fraquíssima, que apenas vestia a camisa dos Estados Unidos.
Não havia uma titular da Olimpíada de Pequim.
Quando a Seleção Brasileira 'de Marta' enfrentou as onze melhores norte-americanas perdeu por 1 a 0, na decisão da medalha de ouro olímpica, um ano depois, em Pequim.
A manobra global não funcionou.
A audiência, subvalorizada, não agiu como gado.
Rejeitou o futebol feminino de maneira cruel.
A audiência foi a pior do festival de replays de jogos da Seleção.
Com os homens, a situação já foi muito ruim. Com as mulheres, em uma partida enganosa, fácil demais, contra uma adversário reserva, a decisão do Panamericano deu apenas 10 pontos de audiência.
A situação já vinha de mal a pior.
A conquista do pentacampeonato, em 2002, chegou a 21 pontos. Depois, a vitória na Copa das Confederações em 2005, 14 pontos.
Aí, veio a pior final de todas as Copas do Mundo. Brasil e Itália conseguiu apenas 16 pontos. Aí, nova decisão da Copa das Confederações, só que a de 2013. Audiência de 14 pontos.
Para os patrocinadores, que prometeram R$ 1,8 bilhão à Globo, Ambev, Casas Bahia, Chevrolet, Hypera Pharma, Itaú e Vivo está um pesadelo.
A média de audiência no Brasileiro de 2019 foi de 23 pontos em São Paulo, praça que interessa à emissora e aos patrocinadores, porque é a cidade mais rica e a que mais consome no Brasil.
Ou seja, mais do que o dobro da Seleção Brasileira 'de Marta'.
A Globo conseguiu estigmatizar o time feminino, com esse fracasso.
Quem sabia do péssimo jogo não quis ver.
Quem assistiu sem saber se desiludiu.
O nível técnico das reservas dos Estados Unidos era lastimável.
Um fracasso previsível.
Na semana que vem, a apelação previsível.
Jogo repetido do Corinthians para São Paulo.
E do Flamengo para o Rio.
Chega de Seleção Brasileira.
Masculina e, principalmente, feminina...