Palmeiras prejudicado pela tabela da FPF. Guerra vai continuar
O clube é o único grande a fazer só um jogo em casa, nos quatro primeiros. Há a certeza, revanche por Galiotte ter chamado o torneio de Paulistinha
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"São quatro jogos em 10 dias e três fora.
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Tem algum time grande que sai três vezes nos primeiros quatro jogos?
Então perguntem à Federação."
De maneira direta, Luiz Felipe Scolari deixou claro o que toda a diretoria do Palmeiras, conselheiros e até mesmo jogadores acreditam.
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Não há o menor interesse à cúpula da Federação Paulista de Futebol ver o clube decacampeão do país ser o primeiro colocado no Estadual.
O rompimento oficial continua.
O presidente Mauricio Galiotte fez questão de firmar sua posição, após a batalha perdida para anular a final do Paulista de 2018, vencido pelo Corinthians, em plena arena palmeirense.
Não apareceu em qualquer reunião de organização do torneio.
"Houve interferência externa na decisão da arbitragem. Sabemos disso e não mudamos nossa postura, nossa revolta. As regras não foram respeitadas.
Não restabelecemos contato (com o presidente Reinaldo Carneiro Bastos). Não vou para a Federação. O que decidirem lá, estará decidido. Não estou preocupado (em voltar à sede da FPF). Eles façam o trabalho dele. O Palmeiras vai entrar em campo e vamos jogar estrategicamente este campeonato.
"Para o projeto do Palmeiras, (o Paulista) é um campeonato pequeno."
As afirmações do dirigente no final do ano passado foram firmes.
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Desafiaram Carneiro Bastos.
A FPF fez a mudança que o Palmeiras queria.
A partir das quartas de final haverá o árbitro de vídeo, o VAR, tão clamado por Galiotte na final de 2018.
Vários intermediários se apresentaram como representantes da paz.
Tentaram marcar encontros entre Bastos e Galiotte.
Só que o dirigente palmeirense se recusou, cortando o assunto na raiz.
A diretoria apostava que haveria retaliação por parte da FPF.
E, para todos no Palestra Itália, ela veio na tabela da competição.
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Como Felipão bradou, Corinthians, Santos e São Paulo têm a tabela, neste início de torneio, mais interessante.
O atual bicampeão fez seu primeiro jogo no Itaquerão, contra o São Caetano, irá para Campinas, enfrentar o Guarani; depois, terá no Itaquerão, a Ponte Preta. E também no Itaquerão pegará o Red Bull.
Três partidas em casa e uma fora.
O São Paulo começou no Pacaembu, diante do Mirassol. O Morumbi está em reforma. Jogará a segunda partida fora, diante do Novorizontino. Irá para a Vila Belmiro, no clássico diante do Santos. E voltará para casa diante do Guarani.
Dois jogos em casa e dois fora
O Santos iniciou sua trajetória diante da Ferroviária, na Vila Belmiro. Depois, terá o São Bento, em Sorocaba. O terceiro jogo será o clássico, na Vila Belmiro, diante do São Paulo. A quarta partida será em Bragança, contra o Bragantino.
Dois confrontos em casa e dois fora.
A tabela do Palmeiras é diferente.
Estreou contra o Red Bull, em Campinas. Depois, atuará em casa, contra o Botafogo. A terceira partida será em São Caetano, contra o time de Pintado. E o quarto jogo na Arena Barueri, contra o Oeste Paulista.
Três jogos fora e um em casa.
Todos profissionais do futebol sabem que os primeiros jogos para as equipes grandes, no início do ano, são muito difíceis. Os atletas voltam da pré-temporada, com ênfase na parte física. Os times contam com novidades, há a falta de entrosamento. Enfrentam equipes que treinam há um até dois meses, só esperando começar o Paulista.
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A reclamação do Palmeiras é válida.
Em um torneio tão simples, com tabela primária, essa diferença nestes quatro primeiros jogos é imperdoável.
Não é por acaso que é vista como provocação.
A resposta palmeirense será no rodízio de jogadores.
Felipão não quer correr o risco de perder atletas.
Está muito cedo para tantos jogos seguidos.
Dez dias para quatro partidas.
Três com deslocamentos para atuar fora de casa.
Por isso, no segundo tempo, seu time de maneira clara se poupou.
Muitos até andaram em campo, durante boa parte do segundo tempo.
O limitado Red Bull foi fácil de ser contido.
O empate foi considerado bom, aceitável.
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Com o mínimo de desgaste.
A partida foi 'sonolenta' de propósito.
É fácil conseguir classificação para as quartas de final do Paulista.
Para a FPF há um exagero, já que todos os clubes farão o mesmo número de partidas fora e dentro de casa, na primeira parte da competição.
Em 2018, Galiotte conseguiu estragar a festa de celebração da Federação Paulista de Futebol.
O time vice campeão, mas base da seleção do estadual.
Teve oito atletas no time ideal.
Jailson, seu goleiro, foi o craque do torneio.
E Roger Machado o melhor treinador.
Ninguém foi buscar o troféu de vice.
A FPF teve de depositar na conta do clube R$ 1.650.00,00 pela segunda colocação.
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Galitte já garantiu a seus companheiros de diretoria.
Se o Palmeiras for campeão fará a mesma coisa.
Desprezará a festa da FPF.
Por isso, ninguém no Palestra Itália se supreendeu com os primeiros jogos do Paulista.
A postura do clube é ter a certeza de que tudo será mais difícil do que para os rivais.
O clima de revanche contra a FPF só aumenta...
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