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Depois de golaço, Borja assume. Não tem a confiança de Felipão

A situação do colombiano segue conturbada. Clube quer negociá-lo. E até está fechando a volta de Henrique Dourado. Mas Borja tem contrato até 2022

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Toda explosão emocional, depois de marcar o importantíssimo gol na Argentina
Toda explosão emocional, depois de marcar o importantíssimo gol na Argentina Toda explosão emocional, depois de marcar o importantíssimo gol na Argentina

São Paulo, Brasil

"Deus que sabe, não? Sigo trabalhando, fazendo o que eu sei fazer, ninguém esquece o que sabe. Então, eu preciso só um pouquinho mais de confiança da parte das pessoas aqui, sempre tive confiança."

Borja não poderia ser mais explícito depois do empate sofrido que o Palmeiras conseguiu, diante do limitado Godoy Cruz, em Mendoza, na Argentina.

2 a 2, depois de sair perdendo por 2 a 0.

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E Weverton defender pênalti de Santiago Garcia.

Mas foi graças ao jogador mais oferecido pelo clube, no último ano, que conseguiu o empate.

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Fez um golaço, depois de fintar o zagueiro Varela, com um giro de corpo sensacional e bater na saída de Mehring.

Desde 27 de fevereiro, contra o Ituano, o colombiano não marcava pelo Palmeiras.

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O gol trouxe o privilégio ao Palmeiras, de poder empatar em 0 a 0, 1 a 1, além da óbvia vitória, para poder seguir na Libertadores, se classificando para as quartas-de-final.

Quando Borja pede mais confiança no Palmeiras, ele mira em duas pessoas.

A primeira é Luiz Felipe Scolari.

E a outra é Alexandre Mattos.

Só que o executivo de futebol age de acordo com o que acontece no elenco palmeirense. Com a vontade do treinador.

E como Borja deixou, há muito tempo, de ser prioridade para Felipão, Mattos trata de encontrar uma negociação para o atacante desde o final de 2018.

Palmeiras pode anunciar ainda hoje a volta de Henrique Dourado
Palmeiras pode anunciar ainda hoje a volta de Henrique Dourado Palmeiras pode anunciar ainda hoje a volta de Henrique Dourado

O atacante veio do Atlético Nacional a peso de ouro, 7 milhões de dólares, R$ 33 milhões, em 2017, por 70% dos seus direitos. Foi fundamental para a equipe colombiana, no título da Libertadores de 2016.

Desde que cheggou ao Palmeiras não aceitou três propostas da China, uma dos Estados Unidos e outra do México. 

Se não for embora até 17 de agosto, o Palmeiras terá de pagar mais 3 milhões de dólares, R$ 11,3 milhões, os 30% restantes dos seus direitos.

A situação é surreal.

Porque só depende de Borja.

Ele tem contrato de cinco anos, até fevereiro de 2022.

O jogador recebe 85 mil dólares, R$ 318 mil mensais.

Ganhou R$ 1,2 milhão de luvas.

Em janeiro de 2017, ele ganhava 6 mil dólares, cerca de R$ 23 mil, no Atlético Nacional.

O jogador tem 26 anos.

E está decepcionado.

Não teve o sucesso que esperava no Palmeiras. O clube brasileiro não foi um trampolim para um grande clube europeu, como sonhava.

E passou a ser reserva com Felipão.

Por um simples motivo.

Não tem a movimentação de Deyverson. E deixava claro ao treinador que não queria ter. Queria respeitada sua característica que o Palmeiras deveria ter pesquisado mais a fundo ao contratá-lo.

Ele se vê como homem de definição, jogador para atuar entre os zagueiros, de força, para brigar pelo alto e por baixo. Não se vê e nem gosta de marcar a saída de bola, correr atrás dos volantes adversários.

Daí a birra com Scolari.

Depois de não aceitar ir embora, Borja virou reserva. Este ano fez apenas 15 partidas e marcou só quatro gols. Mesmo sem atuar por 90 minutos em mais da metade delas.

Só entrou em campo ontem porque Felipão estava irritado com Deyverson, que insiste em jogar na intermedíaria, como meia, se afastando do papel de pivô, fundamental nos esquemas do técnico.

E depois do golaço que marcou, o treinador teve de reconhecer, na coletiva após o jogo.

“O Borja é um jogador de Libertadores, talhado para esses jogos. E, como o Deyverson não vinha dando aquilo que desejávamos, achei melhor colocar o Borja porque ele é vivido em Libertadores. E eu acho que ele foi muito bem”, disse Felipão, em raro elogio ao atacante colombiano.

Borja é mesmo 'jogador de Libertadores'. Foi fundamental no título de 2016
Borja é mesmo 'jogador de Libertadores'. Foi fundamental no título de 2016 Borja é mesmo 'jogador de Libertadores'. Foi fundamental no título de 2016

Aos 70 anos, Scolari não tem tempo a perder.

Porque quer, de qualquer jeito, voltar a ganhar a Libertadores, depois de 20 anos, pelo Palmeiras.

Scolari é discreto, não deve assumir publicamente, mas ele soube antes e conversou com Alexandre Mattos. Henrique Dourado vive uma situação propícia para voltar ao Palmeiras.

Logo na sua estreia pelo Henan Jianye, ele marcou um gol, só que quebrou a tíbia direita. Ficou 140 dias longe do futebol. O time chinês não quis esperar e contratou quatro estrangeiros. Ou seja, não há lugar mais para o atacante.

Daí o Henan Jianye está disposto a emprestá-lo, de graça, por um ano, desde que ele renove seu contrato. 

Felipão e Mattos já conversaram com Henrique Dourado e tudo está muito adiantado. Ele poderá ser anunciado ainda hoje como jogador do Palmeiras.

O mais surreal é que Mattos ainda busca outro atacante.

Este de mais renome.

"Eu estou feliz no Palmeiras. É o melhor clube do Brasil. Quero continuar. Mas não depende só de mim. Deus abre e fecha portas", disse o jogador, nesta madrugada, na Argentina.

A diretoria segue buscando clube para o atacante.

Não quer pagar mais R$ 11 milhões por Borja.

O que elevaria seu preço a R$ 44 milhões.

Borja na reserva. Cena mais do que comum no Palmeiras de Felipão
Borja na reserva. Cena mais do que comum no Palmeiras de Felipão Borja na reserva. Cena mais do que comum no Palmeiras de Felipão

Faltam só 24 dias para 17 de agosto.

Não há quem invista alto em um reserva.

O Palmeiras está sem saída.

Apostou alto.

Borja tem o direito de receber até 2022.

Se tornou o pior negócio da história do clube.

Ninguém custou tão alto.

E pode se tornar mais caro.

Para ser um mero reserva...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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