Demitido do Flamengo quatro vezes, Luxa diz que Tite foi mandado embora por não escalar Gabigol. Sabe o que sofreu com Ronaldinho

“Eu ainda serei presidente do Flamengo.”

A garantia era dada por Vanderlei Luxemburgo, quando vivia seu auge, no Palmeiras, em 1993.

Era um sonho que acalentava com carinho.

Afinal, o clube é o grande responsável pela virada profunda que teve na vida.

Era muito pobre, mas adorava futebol.

Chegou na Gávea com os documentos falsificados, pelo pai, confessou o treinador, na CPI da Nike, em 2000.

Seu RG apontava três anos a menos.

A falsificação foi feita antes, quando começou nos infantis do Botafogo.

O que facilitou sua vida nas categorias de base do Flamengo.

Chegou até a jogar na Seleção Brasileira, que ganhou o tradicional Torneio de Toulon.

Situação escandalosa, que tanto os dirigentes do clube carioca como da CBF não gostam de comentar.

Como jogador profissional, a situação ficou mais difícil, atuando com jogadores da mesma idade.

Não tinha mais a vantagem física de três anos a mais, em relação a garotos.

Foi lateral reserva do Flamengo.

Jogador mediano, atletas da época como o titular Júnior, brincam dizendo que Vanderlei ficou muito tempo na Gávea porque era ótimo no carteado. E por fazer dupla com Zico no baralho.

Verdade ou não, ele ficou oito anos na Gávea como lateral esquerdo reserva.

Depois teve outras quatro passagens pelo Flamengo como treinador.

Todas que acabaram com demissões sumárias.

Foram mais cinco anos.

Ou seja, 13 anos convivendo intimamente na Gávea.

Sabe bem demais como tudo funciona.

Principalmente o relacionamento entre treinador e ídolo.

Luxemburgo por onde passou, na sua longeva carreira, tinha uma estratégia.

Enfrentava o maior ídolo do clube diante do restante do time.

Fazia para ganhar respeito.

Só que na Gávea encontrou Ronaldinho Gaúcho, na sua terceira passagem, em 2011.

Comprou a briga não só nos vestiários, mas publicamente.

Foi sua maior derrota e o início da decadência como treinador.

Pagou com o emprego e exposição nacional.

Luxemburgo queria impor disciplina no elenco.

Só que o jogador que havia chegado da Espanha não se importou.

Com o respaldo da direção, chegava sem dormir, depois de festejar a noite toda.

E enquanto os companheiros treinavam, ele dormia nos vestiários.

Era constrangedor para Vanderlei.

O treinador flagrou Ronaldinho levando uma mulher para a concentração.

Em Londrina.

A notícia ‘vazou’.

E a reação da imprensa carioca, dos torcedores, da direção foi ficar contra o treinador.

Por medo do ídolo ir embora.

Ronaldinho se cansou do confronto e, de acordo com o então gerente, Isaias Tinoco, pediu à direção que a então presidente Patrícia Amorim, o demitisse.

Foi o que aconteceu, mesmo depois da vitória contra o Potosi, que classificou o time para as fases eliminatórias da Libertadores.

Foi a pior derrota para um jogador de Vanderlei Luxemburgo.

Lembrando bem o que passou nas mãos do impiedoso Ronaldinho Gaúcho, o técnico aposentado, com 72 anos, escreveu no seu Instagram.

‘’Quando o Pedro se machucou, quem tinha que jogar no lugar do Pedro era o Gabigol, pela história que ele tem no clube. O Flamengo tinha que entender que para resolver o problema sem o Pedro teria que ser o Gabigol.

“Não tem outra história, não tem que inventar mais nada.”

Luxemburgo sabia que Tite pagaria caro pela vingança a Gabigol, que resolveu xingá-lo quando era treinador da Seleção, por não o levar à Copa de 2022.

Jornalistas acompanhavam o castigo caríssimo, que desvalorizou um jogador de R$ 100 milhões.

E praticamente o empurrou para a rua, sem renovação, em janeiro de 2025.

Sem render um centavo ao clube carioca.

A derrota de Luxemburgo para Ronaldinho Gaúcho sabotou a carreira do técnico.

O fracasso de Tite com Gabigol refletirá no restante de sua trajetória.

Ele deveria ter aprendido com Luxemburgo o quanto custa desafiar um ídolo.

Ronaldinho?

Segue como um ídolo mundial.

Ele foi escolhido ontem como embaixador da Copa de 2026, nos Estados Unidos.

Vanderlei Luxemburgo?

Aposentado, depois de acumular 15 demissões.

Sem a menor chance de presidir o clube do seu coração...

Veja também: Marcos Braz comenta mudança de data da Copa do Brasil: 'CBF fez o óbvio'

Vice-presidente de futebol do Flamengo comentou a mudança de data do jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, em São Paulo.copa

Veja também: Marcos Braz comenta mudança de data da Copa do Brasil: 'CBF fez o óbvio'

Vice-presidente de futebol do Flamengo comentou a mudança de data do jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, em São Paulo.copa