De nada adiantou o esforço de Neymar. Antecipou o tempo de recuperação. Se fosse um treinador brasileiro, estaria convocado. Sobre Vinicíus Júnior e Virginia, Ancelotti foi claro. “Não sou seu pai”
Mesmo recuperado da lesão na coxa direita, Neymar não foi chamado para enfrentar o Senegal, dia 15, e Tunísia, dia 18. Vitor Roque e Luciano Juba, as novidades
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Goleiros: Bento (Al-Nassr), Ederson (Fenerbahçe), Hugo Souza (Corinthians)
Defensores: Alex Sandro (Flamengo), Danilo (Flamengo), Caio Henrique (Monaco), Militão (Real Madrid), Fabrício Bruno (Cruzeiro), Gabriel Magalhães (Arsenal), Luciano Juba (Bahia), Marquinhos (PSG), Paulo Henrique (Vasco), Wesley (Roma)
Meio-campistas: Andrey Santos (Chelsea), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Fabinho (Al-Ittihad), Paquetá (West Ham)
Atacantes: Estevão (Chelsea), João Pedro (Chelsea), Luiz Henrique (Zenit), Matheus Cunha (Manchester United), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid), Vini Jr (Real Madrid)., Vitor Roque (Palmeiras)
Neymar enfrentou as recomendações dos fisiologistas do Santos.
Ele deveria fazer um período maior de preparação para a recuperação da distensão no músculo retro femoral da coxa direita.
O ideal seria que voltasse a jogar no dia 9 contra o Flamengo.
Ele disse que estava ‘muito bem’ e queria jogar já no sábado, dia primeiro de novembro, oito dias antes, contra o Fortaleza na Vila Belmiro.
Vojvoda concordou.
E o combinado foi que atuaria por 15 minutos.
Jogou 23 minutos.
A direção do Santos e o próprio Neymar acreditaram que bastaria.
Ele estaria livre ser chamado por Ancelotti para os amistosos contra Senegal, dia 15, em Londres, e Tunísia, dia 18, na França.
Erraram.
Ancelotti manteve sua coerência.
Ele havia avisado que só chamaria Neymar quando ele estivesse 100%. Pronto para jogar ‘em alto nível físico’ durante 90 minutos. O que está longe de ser o caso.
Neymar aproveitou o final de semana para celebrar o Halloween.

Assim, o Brasil completará dois anos e dois meses sem Neymar. Uma das missões de Ancelotti, ao receber o convite do ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, era acabar com a subserviência dos treinadores ao camisa 10 do Santos.
Dorival Júnior, mesmo com Neymar ainda em recuperação de contusão, o convocou. E disse que formaria o time em função do jogador. Situação absurda que Ancelotti não se submete.
Esquecendo Neymar, o treinador italiano foi questionado por ter convocado Vitor Roque, do Palmeiras, Alex Sandro e Danilo, do Flamengo. Os dois clubes perderão os jogadores para os confrontos importantes. O time de Abel terá o Santos, na Vila Belmiro. E a equipe de Filipe Luís, o Sport, em Recife.
“Conhecemos o calendário, mas acredito que a prioridade hoje é a seleção brasileira. Então, chamamos jogadores que acho que podem ajudar a seleção brasileira nesses dois jogos, jogadores do Flamengo e Vitor Roque, do Palmeiras.”
Tanto a diretoria palmeirense quanto a flamenguista não protestaram ao saber das convocações. Pela valorização dos seus atletas, que sonham chegar à Copa.

O veterano Fabinho, de 32 anos, do Al-Ittihad, também terá sua primeira chance com o treinador europeu. Ele disse buscar um companheiro para Casemiro no meio-campo.
Outra questão delicada foi em relação a Vinicius Júnior.
E sobre a sua reação ao ser substituído contra o Barcelona. Ele xingou muito Xabi Alonso. Situação que jamais tomou quando Ancelotti era o técnico do Real Madrid.
“Nós temos uma relação muito boa com Vinicius, como temos uma relação muito boa com todos os jogadores. Então, quando acontece algo, nós nos informamos e pedimos conselhos do que aconteceu. Falamos com o Vinicius.
“Ele disse o que pensava, que havia cometido um erro e diante disso, parece que pediu desculpas. Acredito que o assunto esteja resolvido.”
Ancelotti teve de responder até sobre o relacionamento de Vinícius Júnior e a influencer Virginia.
“Vinícius é um jogador muito importante para nós, um jogador que pode nos ajudar muito e temos muito carinho por ele. Acredito que não há problema nem aqui e nem no clube.
“Eu não sou o pai dele e nem o irmão, só quero apenas ser o treinador dele. A vida pessoal é dele.”
Ancelotti ficou muito insatisfeito com o último jogo da Seleção. A derrota contra o Japão, por 3 a 2.

E quer muita competitividade nestes dois confrontos com selecionados africanos.
Até porque o calendário está ficando cada vez mais apertado para a Seleção Brasileira.
Estes são os dois últimos amistosos do Brasil em 2025.
Em 2026, estão marcados dois confrontos importantes, com duas seleções europeias. França e Croácia.
E também busca um time fraco para fazer a despedida do Brasil, antes da Copa, no Maracanã.
Sim, o termo ‘fraco’ é falado abertamente na cúpula da CBF.
Para que a população se aproxime da Seleção.
Há um nítido e incômodo afastamento.
Ancelotti já notou e não gosta dos poucos amistosos por aqui.
E também adiantou que ainda poderá dar chances a outros jogadores do Campeonato Brasileiro. Como o injustiçado Matheus Pereira, do Cruzeiro.
“Nos últimos jogos, mudamos muito a equipe para fazer testes. É sempre positivo, é uma evolução que temos que fazer. Acho que os testes saíram bem. Tenho mais conhecimento dos jogadores, não conhecia muito.
“Vamos fazer esse tipo de mudança na data Fifa de novembro. Acho que vou ter uma equipe mais definida, nos dois jogos. Nessa convocação, tenho jogadores como Fabinho, Luciano Juba, que quero avaliar; e Vitor Roque, que está fazendo um bom campeonato.
“Temos sete jogadores do Brasileirão.
É um bom nível do campeonato e temos muitos jogadores que podem estar. Vamos ter uma equipe mais definida, com esses amistosos.”
O treinador também fez questão de convocar outra vez Fabrício Bruno. Ele falhou infantilmente contra o Japão.
“A verdade é que ele saiu triste no jogo contra o Japão, mas o pensamento do estafe técnico da CBF não é baseado somente no erro dele contra o Japão.
“É baseado em muitos jogos que ele vem fazendo bem. Temos confiança nele, nas suas características. Creio que, em geral, o erro é um bom momento para aprender.”
Quanto a Neymar, o interesse da mídia está diminuindo muito.
As séries de contusão o afastaram da Seleção há dois anos e dois meses.
No início de 2026, o jogador precisa provar ter condições físicas para as exigências de Ancelotti.
Essa é uma grande dúvida na CBF.
“Eu só convocarei o Neymar quando ele estiver em plenas condições físicas”, repete o italiano, a cada entrevista...
