PSG cansado das infantilidades. Neymar deixa de ser intocável
Jogador mal se recuperou de distensão na coxa e viajou para Barcelona. Treinador o criticou como jamais fez. Leonardo mandou acabar com hipocrisia
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"O que eu posso fazer?
"Não sou pai dele, não sou a polícia, sou só um treinador.
"Como treinador, eu fiquei feliz com essa viagem?
"Claro que não gostei.
"É o momento de ficar chateado?
"Não, não é o momento."
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O inesperado desabafo de Thomas Tuchel, ontem, assumindo a irritação com Neymar tem um motivo. O apoio de Leonardo.
O brasileiro executivo de futebol do PSG avisou Tuchel que acabou a proteção ao atacante.
Com o português Antero Henrique, Neymar era tratado como a única estrela de primeira grandeza do clube, sem questionamentos.
Como vir ao Brasil para se recuperar de suas duas fraturas.
A situação mudou radicalmente.
A principal e mais cobiçada estrela do PSG é Mbappé, vencedor da Copa do Mundo da Rússia, aos 20 anos.
Assim como o antigo técnico Unai Emery, Tuchel tinha receio de criticar Neymar publicamente.
Só que Leonardo acabou com essa situação.
A mando da família real qatariana, dona do PSG, ele cobrou publicamente que o jogador falasse perfeitamente francês. E não permitiu, que nas seis semanas afastado do futebol, por conta de uma distensão na coxa esquerda contra a Nigéria, voltasse ao Brasil.
Ficou se tratando em Paris.
Se curou.
Mas na primeira folga, no início da semana, entrou em um avião e foi para Barcelona acompanhar um jogo de tênis, pela Copa Davis, entre Espanha e Rússia. Viajou a convite de Piqué, seu ex-companheiro no clube catalão. O zagueiro é sócio da empresa que promove a Davis.
Barbubo, fez questão de tirar fotos ao lado de parças.
Viagem completamente sem sentido.
E que foi recebida como mera provocação.
Não só pela imprensa francesa, mas pela cúpula do PSG.
Todos sabem que ele até hoje não se conformou pelo clube não aceitar vendê-lo de volta à Catalunha.
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A ordem de Leonardo é para todos perderem o medo de Neymar.
Desde Tuchel até os jogadores em campo. Tratá-lo como mais um.
A postura firme do executivo já valeu em relação aos amistosos do Brasil contra a Argentina e Coréia do Sul, O atacante estava no final da recuperação e, poderia até jogar, mas Leonardo foi absolutamente contra os amistosos sem sentido na Ásia.
Revelou a postura negativa do PSG e a cúpula da CBF aceitou.
Neymar voltará a campo hoje, em Paris, enfrentará o Lile, equipe que também disputa a Champions. E que tem uma linha defensiva muito forte fisicamente. Por vezes violenta.
A torcida do PSG, que vinha se reaproximando de Neymar, ficou outra vez contra o brasileiro por sua provocativa viagem à Espanha, à sua amada Catalunha.
E há grande chance de as organizadas voltarem a xingar o brasileiro.
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A dois meses de completar 28 anos, ele não é mais uma criança mimada.
Tem de respeitar o clube com quem tem contrato até 2022.
Segue sendo o jogador mais caro da história do futebol mundial, comprado por 222 milhões de euros, cerca de R$ 1 bilhão.
Lembrando que, na França, não há a necessidade de o clube fixar um preço para o atleta enquanto vigorar seu contrato.
Ou seja, a família real qatariana pode cobrar quanto quiser pelo atleta. E inviabilizar qualquer transação até julho de 2022.
Demorou, mas o PSG resolveu assumir a postura de empregador. Cansou de protegê-lo publicamente.
Tuchel e os jogadores foram liberados por Leonardo.
Neymar não é mais intocável.
Ele já percebeu.
Por isso, não perdeu as esperanças.
Seguirá forçando sua volta ao Barcelona.
Enquanto isso, terá de se enquadrar.
Ou seus abusos serão expostos em praça pública.
O reinado seguirá apenas na Seleção Brasileira.
Com o tolerante Tite...
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