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Cosme Rímoli - Blogs

Quem quiser se enganar, comemore a vitória do time de Tite

A Coreia do Sul, time fraquíssimo, serviu para quebrar o jejum de cinco jogos sem vitórias. O Brasil fez o que quis, sem ser incomodado. Partida ilusória

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Farra do time de Tite contra os pobres sul-coreanos. No estádio vazio
Farra do time de Tite contra os pobres sul-coreanos. No estádio vazio

São Paulo, Brasil

Quem quiser se iludir, comemore com Tite, a vitória sobre a pobre seleção sul-coreana. Adversário que não mostrou qualquer resistência, na partida disputada nos Emirados Árabes. 

É uma equipe de terceiro escalão entre os selecionados do mundo.

O frágil time, 39ª no ranking da Fifa, foi a vítima perfeita para acabar com o jejum de cinco partidas sem vitórias do time de Tite. Aliviar a pressão para o questionado treinador da Seleção, cada vez mais burocrático.


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Além dos fracos jogadores, a equipe asiática tem como comandante o português Paulo Bento, que suportou apenas 17 partidas no Cruzeiro, em 2016.

3 a 0, gols de Paquetá, Philippe Coutinho e Danilo. Com direito a muita festa pelo gol de Coutinho de falta, fazia cinco anos que o Brasil não acertava uma cobrança.


Foi o último amistoso de 2019. 

Em 2020 começam as Eliminatórias para o Mundial de 2022.


Ficou claro. Depois da vitória na fraca Copa América, houve seis partidas inúteis. Jogos sem tempo de preparação, longas viagens, desgaste e que não serviram para testes significativos. Só expuseram Tite e o Brasil. Mas fizeram a gananciosa CBF lucrar.

Nessa péssima fase da Seleção, até a Pitch, empresa que sublocou os amistosos do Brasil da árabe ISL até 2022, sofre. Por mais que tenha morrido o irmão de Khalifa bin Zayed al Nahyan, comandante do país monárquico, o fraco futebol do Brasil, os 17 anos sem conquista de Mundial, a ausência de Neymar, contundido, tornaram a venda de ingressos um fracasso.

Menos de cinco mil pessoas estavam no estádio estádio Mohammed bin Zayedem Abu Dhabi, cuja capacidade é de 42 mil pessoas. Para disfarçar o fracasso, todos que compraram ingressos puderam ficar na área nobre, no centro das arquibancadas, para que a tevê pudesse registrar os torcedores.

Belo castigo para a ambiciosa Pitch que leva a Seleção para o outro lado do mundo, na maioria das vezes contra adversários vergonhosos e que, em nada colaboram para o aprimoramento do time. 

O vendido calendário do Brasil é uma grande perda de tempo. E só serve para encher os cofres da CBF. A Pitch paga um milhão de dólares, cerca de R$ 4 milhões, a cada amistoso. Mas é ela quem escolhe os adversários. Situação absurda, ridícula que começou em 2012 e vai até 2022. 

O responsável foi o ex-presidente Ricardo Teixeira que vendeu esses amistosos, como um dos últimos atos como dirigente da CBF, antes da abandonar o cargo, investigado pela Polícia Federal e pela Fifa, por corrupção.

Até Paquetá marcou gol. Que delícia enfrentar os sul-coreanos
Até Paquetá marcou gol. Que delícia enfrentar os sul-coreanos

Tite fez questão de passar uma mensagem pública: a de que 'é ele quem manda'.

Teve a coragem de colocar o menino Rodrygo, do Real Madrid, apenas aos 42 minutos e 30 segundos do segundo tempo. Desprezou o jogador mais promissor da Seleção. Atitude descabida, egoísta, mesquinha.

Era óbvio que Rodrygo deveria ter começado o jogo.

Está ficando indecente a proteção de Tite a Gabriel Jesus.

Teimosia infantil e que demonstra o quanto o técnico está se perdendo a noção. 

Provocação pura, tola para a opinião pública.

Fabinho como primeiro volante e Renan Lodi na lateral esquerda foram ótimas alterações. Deixaram o time mais leve. Assim como a decisão de colocar Richarlison começar o jogo e Roberto Firmino no banco.

Foram cinco mudanças.

Marquinhos no lugar de Thiago Silva. Renan Lodi na vaga de Alex Sandro. Fabinho, no de Casemiro. Philippe Coutinho e Richarlison no lugar de Willian e Roberto Firmino.

A comemoração exagerada. A 'resposta' às críticas batendo um humilde adversário
A comemoração exagerada. A 'resposta' às críticas batendo um humilde adversário

Com Lodi sempre presente no ataque, o futebol de Phillipe Coutinho melhorou muito. Ele tinha com quem triangular pela lateral esquerda. Ainda mais diante da frouxa, da inocente marcação sul-coreana. 

Durante a transmissão da TV Globo, o narrador Luís Roberto tentou aumentar a importância dos sul-coreanos. E lembrou que o time vinha de nove jogos sem perder. Encheu o peito para falar sobre a vitória contra a Colômbia. Mas depois, não quis seguir enumerando os adversários.

Bolívia, Turcomenistão, Coréia do Norte, Irã, Austrália, Georgia, Turcomenistão (de novo) e Sri Lanka foram as outras equipes.

Luís Roberto fez muito bem em se calar.

Contra um adversário fraco, que ainda respeita demais a camisa verde e amarela, jogando com duas linhas fixas e distantes de cinco jogadores, Tite colocou o Brasil, da mesma forma desde o fracasso na Copa do Mundo.

Com dois volantes, dois meias e dois atacantes abertos nas pontas. Danilo e, principalmente, Renan Lodi, livres para apoiar.

A partida foi fácil demais.

Logo aos oito minutos, Paquetá fazia 1 a 0, Brasil. Cabeceou livre, depois de cruzamento enviezado de Renan Lodi. A pressão da Seleção continuou. Fabinho sofreu falta aos 35 minutos.

Nem um parente de Philippe Coutinho escolheria um local melhor para ele cobrar de pé direito. O fraco goleiro Jo Hyeon-Woo colaborou, pulou atrasado para a bola. 2 a 0.

Mesmo jogando contra um time muito fraco, o Brasil seguiu sem ritmo, com movimentação lenta.

O terceiro gol só saiu aos 14 minutos do segundo tempo, quando, após uma troca de bola elementar, a defesa coreana ficou assistindo Danilo chegar livre, ter tempo para preparar o corpo para o chute violento. 

3 a 0.

Tite fez cinco substituições no amistoso facílimo de hoje
Tite fez cinco substituições no amistoso facílimo de hoje

Tite comemorou como se fosse uma vitória na Copa do Mundo.

Resultado ilusório contra time insignificante.

Mas que deu fôlego ao treinador para seguir no cargo em 2020.

Quem quiser se iludir, fique à vontade...

Veja as fotos mais bonitas do jogo entre Brasil e Coreia do Sul

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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