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BRASILEIRO 2022

Libertadores na Copa do Mundo apavora segurança no Maracanã

Sul-americanos podem se enfrentar no Rio já nas oitavas de final da competição

Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio

Segurança deixou Copa do Mundo militarizada no Maracanã
Segurança deixou Copa do Mundo militarizada no Maracanã
Sul-americanos tomaram conta das ruas do Rio de Janeiro
Sul-americanos tomaram conta das ruas do Rio de Janeiro

A Copa é do Mundo, mas ganhou ares de Libertadores. Não apenas pelos times sul-americanos em destaque, mas também pelo comportamento das torcidas desses países nos estádios. A segurança do Maracanã inclusive chega a se apavorar com a possibilidade de clássicos do continente nas próximas fases, no Rio de Janeiro.

Depois de duas invasões de torcedores sem ingressos nos dois primeiros jogos, a segurança foi ultra reforçada no último domingo (22). Belgas e russos, porém, vieram de muito longe, e empregaram muito dinheiro, para provocarem confusões nos estádios. A análise é de um próprio torcedor belga, que disse que seus compatriotas só queriam beber, assistir ao jogo e dormir.

Fechamento de vias antecipado, reforço de 600 policiais militares, áreas isoladas e novas grades de proteção teriam sido dispensáveis se cerca de 30 argentinos e mais de 150 chilenos sem ingressos não tivessem forçado suas entradas no palco da final da Copa do Mundo. A segurança parecia ser demasiada para quem não estava disposto a causar confiança e o evento acabou um tanto militarizado.

“A diferença é que esses caras [belgas e russos] não são malucos”, disse um funcionário da segurança pública, que trabalhava na verificação de ingressos dos torcedores, em uma das até cinco barreiras para chegar ao estádio.


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Mas a cara de Libertadores não aconteceu apenas no Rio. Um torcedor chileno foi visto com um rojão na arquibancada da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT) e o próprio COL (Comitê Organizador Local) reconheceu a falha como “inadmissível”. A tão velha quanto boba briga em relação a Pelé e Maradona também provocou garrafadas em Belo Horizonte e algumas discussões no Rio.


O lado bom das torcidas sul-americanas é a imensa paixão por suas equipes. O tradicional grito de “o Maraca é nosso” ganhou sotaque nos últimos dias e foi fundamental para a Argentina vencer a Bósnia e o Chile atropelar a Espanha. Os vizinhos também não mediram esforços para deixarem suas casas e tomarem conta das ruas de Copacabana. Muitos vieram em carros e traillers e acampam na praia.

A possibilidade de Colômbia e Uruguai nas oitavas de final é grande e já está em pauta nas reuniões diárias entre membros da segurança pública, da segurança privada e do COL. A proximidade dos dois países é um fator que deve atrair ainda mais torcedores, mesmo aqueles que não têm ingressos.

Ainda que a segurança se apavore, a final dos sonhos dos amantes do futebol é justamente entre sul-americanos: Brasil e Argentina só se encontram na grande decisão se passarem na primeira colocação dos grupos A e F.

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