Hoje auxiliar-técnico da Holanda, Kluivert ainda bateria muitos atacantes da Copa do Mundo
Um dos maiores goleadores da década de 90 não se importa em amaciar chuteira de jogadores
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
O torcedor brasileiro se lembra dele da Copa de 1998. Um dos melhores atacantes daquela década, Patrick Kluivert é hoje auxiliar-técnico da seleção holandesa. O agora ex-jogador não perdeu o fino trato com a bola e, nos treinos da Laranja Mecânica, na Gávea, demonstra que aos 37 anos ainda bateria muitos atacantes neste Mundial.
Kluivert inclusive marcou o gol que levou aquela semifinal para os pênaltis. Em uma de suas especialidades, o então atacante do Barcelona subiu sozinho entre os zagueiros brasileiros e, como em uma cabeçada que só se vê no vídeo-game, estufou as redes de Taffarel. Quis o destino, no entanto, que o time verde-amarelo vencesse aquela decisão e acabasse superado pela França, na final.
À vontade entre jogadores de qualidade como Van Persie e Arjen Robben, Kluivert está em forma e participa do treino desde o aquecimento. O auxiliar corre em volta do gramado com os atletas, participa do bobinho e não se incomoda em exercer tarefas antes impensáveis como apenas amaciar a chuteira para um jogador.
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Apesar da simplicidade constatada em treino, o ex-jogador só mantém o mesmo tratamento distante com a imprensa e evita entrevistas. Mas um funcionário da barraca de coco em frente ao hotel em que a delegação holandesa está hospedada, em Ipanema, na zona sul do Rio, contou que viu Kluivert inúmeras vezes na praia, em momentos de pura descontração com atletas.
O ex-jogador também conta com total apoio do técnico Louis van Gaal – foi convidado para virar auxiliar graças a um programa para grandes craques que defenderam a seleção. Se dará certo como auxiliar ou mesmo técnico, ainda é cedo para dizer para um atacante que pendurou as chuteiras em 2008 depois de problemas de lesão. Fato é que Kluivert ainda bateria muitos atacantes nesta Copa do Mundo.