Promessa, filho de Belfort não entra em campo no primeiro ano na universidade, e tá tudo bem
Davi Belfort esteve na lateral nos jogos de Virginia Tech Hokies, mas não chegou a ser utilizado pela equipe, o que é normal
O quarterback carioca Davi Belfort, filho da lenda do MMA Vitor Belfort, completou o primeiro ano no futebol americano universitário sem lançar um passe sequer em uma partida da temporada regular. Apesar de ser considerado uma promessa e ter o nome citado na mídia há alguns anos, a falta de espaço para Davi é normal. Tá tudo bem.
O principal quarterback dos Hokies esse ano foi Kyron Drones, que lançou 224 passes, completando 136 destes para 1.562 jardas. Outros dois QBs também tiveram repetições em campo, por mais que poucas: Collin Schelle, com 55 tentativas, e William Watson 3º, com 58 passes.
A diferença entre os três citados acima e Davi se dá pela experiência. Schelle, por exemplo, é um jogador classificado como senior. Ou seja, ele está há quatro anos ou mais na universidade. No caso de Schelle, o quarterback já passou inclusive por outras duas instituições: UCLA e Kent State.
Drones e Watson 3º, os outros dois quarterbacks que entraram em campo pelos Hokies esse ano, também não estão na primeira temporada universitária. Drones chegou ao College Football em 2022, enquanto Watson 3º, em 2023.
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Outros quarterbacks, com muito mais pompa e circunstância que Davi, como Arch Manning — sobrinho dos multicampeões Peyton e Eli — amargaram um primeiro ano parecido com o de Davi. Em 2023, Arch, por exemplo, jogou apenas o final de uma partida, e só entrou em campo porque o confronto já estava ganho.
O nível de exigência do futebol americano universitário é muito maior do que o estágio anterior, o futebol americano de ensino médio. As formações e jogadas são mais complexas, as ações precisam ser mais rápidas, os jogadores são mais fortes. É necessário passar por uma maturação multidisciplinar — alimentação, inteligência de jogo e técnica — para entrar preparado em campo.
Davi não defendeu os Hokies em 2023 e é capaz de não jogar em 2024 também. É normal. O importante é que o brasileiro esteja pronto para quando a oportunidade chegar. Assim — e apenas assim —, o jovem quarterback poderá impressionar scouts de times da NFL e, quem sabe, ser selecionado para jogar na liga profissional.
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