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Polêmica entre Mahomes e QB de flag dos EUA: quem vai para as Olimpíadas?

Grandes estrelas da NFL já demonstraram vontade de defender o país na modalidade, que será olímpica em Los Angeles-2028

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window


Os quarterbacks Patrick Mahomes (à esq.) e Darrell Doucette III (à dir.) Reprodução Site/Kansas City Chiefs/Steve Sanders; Reprodução Instagram/@yo_everything; Montagem/R7

O flag football — adaptação do futebol americano disputado na NFL — estará presente nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em Los Angeles-2028. A notícia animou os fãs do esporte, que inclusive pedem para as grandes estrelas da NFL serem convocadas para os jogos. Mas será que isso é certo?

Bom, para começar o texto, precisamos falar sobre história. O flag football e a NFL existem paralelamente há, pelo menos, 80 anos, mas nunca conversaram muito. O flag, por não ter contato, era visto nos Estados Unidos como uma atividade para crianças que gostam de futebol americano.

Os anos se passaram e tanto o futebol americano como o flag football se popularizaram. Hoje, a NFL é um dos maiores produtos esportivos dos EUA — se não o maior —, enquanto o flag football conquistou espaço no programa olímpico de 2028 e é amplamente praticado mundo afora.

Os atletas de flag dos EUA, porém, estão ameaçados de não partilharem do prato principal. Grandes estrelas da NFL, como Joe Burrow, Micah Parsons e Tyreek Hill já tornaram público o interesse de participar de Los Angeles-2028, o que tiraria o lugar dos jogadores que carregaram a modalidade nas costas por muito tempo.


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Pelo meu tom neste texto, é fácil saber que sou contra isso. Na minha opinião, é injusto tirar estes atletas do palco principal justamente na hora do grande espetáculo. Em dez edições do Mundial de Flag Football, os EUA foram campeões cinco vezes — tendo feito as últimas seis finais — sem nenhum atleta da NFL. Esses caras sabem o que fazem, mesmo sem os profissionais.

O quarterback da seleção estadunidense, Darrell Doucette III, foi categórico ao afirmar, em entrevista ao TMZ Sports, que acredita ser melhor que Patrick Mahomes, maior estrela da NFL na atualidade e três vezes vencedor do Super Bowl.


“No fim do dia, sinto como se fosse melhor que Patrick Mahomes devido ao meu QI de jogo. Quando se trata de flag football, sinto que sei mais que ele.”

Após a entrevista de Doucette III, Mahomes usou as redes sociais para ironizar a fala do atleta de flag com um GIF do rapper 50 Cent.


Brincadeiras à parte, Doucette III não está errado. O flag football e o futebol americano, apesar de terem como objetivo o touchdown e usarem uma bola oval, são esportes completamente distintos. No flag football, além da lançar, o QB precisa ser ágil para evitar que arranquem sua fita, não possui linha ofensiva para protegê-lo e, em muitas jogadas, faz a função de running back.

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É óbvio que sei que Mahomes é ágil, consegue se virar bem fora do pocket e pode conquistar grandes avanços com as pernas, mas a dinâmica de um jogo da NFL com uma partida de flag football é completamente diferente.

Não há dúvidas que seria incrível ver uma equipe formada por Mahomes, Justin Jefferson, Ja’Marr Chase e companhia, mas não acredito que eles seriam melhores que os jogadores desconhecidos do flag dos EUA.

Nesta terça-feira (27), começa o Mundial de Flag da Finlândia. Inclusive, o Brasil estará representado por seleções no feminino e masculino, e com chances de medalha. Convido você, fã da NFL que nunca viu o esporte, a dar uma chance à modalidade e refletir se é possível que as estrelas da liga profissional possam ser melhores que os atletas dedicados ao flag.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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