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O complexo trabalho de montar um elenco de dezenas de jogadores na NFL

Direção das franquias precisa levar em consideração diversos fatores, sendo um deles o teto salarial — o salary cap

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window

Jogadores dos Packers em treino para a temporada 2024 Reprodução Site/Green Bay Packers/Emma Pravecek

“Ô, ô, ô, queremos jogador”, “Diretoria Jim Carrey” e outras frases são clássicos quando o assunto é a irritação da torcida com dirigentes. Seja no nosso futebol ou em qualquer outro esporte, os fãs apaixonados sempre querem os melhores jogadores defendendo as cores de suas equipes.

É óbvio que os diretores dos times desejam ter o melhor plantel possível, mas sempre existem limitações, na maioria das vezes financeira. Na NFL, porém, as 32 franquias são — literalmente — empresas que valem bilhões, mas mesmo assim não conseguem comprar todo mundo que desejam para montar um superelenco.

Neste texto, o Jarda por Jarda explica para você o complexo papel das direções das franquias para montar um elenco de qualidade na NFL.

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Draft

Quando pensamos na aquisição de jogadores na NFL, o primeiro passo é o Draft. Em três dias, as franquias da liga se alternam na escolha de atletas que deixaram a universidade e buscam uma vaga no esporte profissional.


Para escolher corretamente estas peças, os diretores das equipes e os departamentos de scout analisam exaustivamente todas as opções ao longo do processo que antecede o Draft. Para isso, a NFL organiza o NFL Combine e as universidades, individualmente, realizam eventos para atrair as franquias e exibir melhor o atributo de seus jogadores.

Agentes livres

Se o atleta já passou pelo Draft e não foi escolhido ou então não teve o contrato renovado com a franquia, ele se torna um agente livre. Estes jogadores têm a liberdade de negociar com as equipes individualmente em busca de um acordo vantajoso, seja em relação a tempo ou financeiramente.


As equipes, por sua vez, gostam dos agentes livres porque é a forma mais fácil de trazer um atleta para o plantel. Ou seja, basta acertar o valor e período de contrato que o jogador é seu.

Trocas

Se um atleta está sob contrato, mas insatisfeito com a remuneração, equipe ou papel no time, ele pode requisitar junto à diretoria uma troca. Neste mecanismo, o front office pode buscar outra equipe para literalmente trocar o ativo, neste caso o atleta, por outro jogador ou até mesmo escolhas no Draft.


As trocas são utilizadas pelas franquias, normalmente, quando não conseguem negociar um novo contrato com um bom jogador e decidem trocá-lo para não perder o ativo de graça. Quando um time recebe um atleta via troca, ela deve assumir o contrato vigente do jogador e cabe a ela negociar a renovação, neste caso.

Equipe dos Patriots em sessão de treinos na pré-temporada de 2024 Reprodução Site/New England Patriots/David Silverman

Desafios para montar um elenco

Teto salarial (salary cap)

Lá no começo do texto, ressaltei que as franquias da NFL são avaliadas em bilhões de dólares, certo? Estas cifras, no entanto, não se refletem em direito de gastar o quanto querem em contratações.

Comum nas ligas profissionais norte-americanas, a NFL estabelece um teto salarial (que você vai ouvir muito em inglês como salary cap) para as franquias. Ou seja, os times não devem extrapolar um limite comum em soldos para a equipe. Para 2025, a NFL estabeleceu a quantia de US$ 279,2 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão).

Profundidade

Se no futebol um dirigente precisa se preocupar com 11 titulares, na NFL esse número é bem maior. Cerca de 25 jogadores são considerados starters, divididos em ataque, defesa e times especiais, com 48 atletas relacionados para cada jogo de um elenco de 53, no total.

A rispidez do esporte faz com que lesões sejam recorrentes. Ou seja, é necessário ter excelentes titulares, mas também ótimos jogadores na rotação. Muitas vezes, as diretorias precisam dividir o salary cap entre estrelas e atletas não tão bons, mas que possam segurar o piano se o titular se machucar.

Filosofia e necessidades

O treinador pode até pedir determinado jogador, mas quem fecha o acordo, normalmente, é o general manager da franquia. Esse personagem é o chefe de toda uma estrutura de análise de talentos que centraliza as escolhas em uma filosofia.

Ou seja, o GM monta uma equipe e escolhe um técnico pensando em um formato de jogo, como, por exemplo, um bom ataque terrestre, um jogo aéreo de qualidade, uma defesa impiedosa... É basicamente impossível ter tudo isso junto atrelado a um treinador que saiba coordenar todas essas valências, então é preciso escolher.

Dentro da filosofia, o general manager também deve preencher as necessidades para manter a equipe competitiva.

Juntando todas as peças, é possível fazer uma equipe campeã. E quem dera fosse fácil assim, na prática, como é na teoria...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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