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Cosme Rímoli - Blogs

São Paulo recria a voz de Telê Santana, morto em 2006, para garantir Morumbi cheio. É justo?

Apelar para a Inteligência Artificial e recriar a voz de Telê Santana, usando depoimento do filho do técnico, Renê, divide as opiniões entre dirigentes e conselheiros. Intenção é Morumbi lotado

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Telê Santana. Bicampeão da Libertadores e do mundo, com o São Paulo

“Torcida são-paulina, aqui é o Telê.

“Que saudade de vocês. Que saudade de ouvir vocês cantando meu nome. Se me perguntassem o que é o São Paulo Futebol Clube eu diria: “Vá ao Morumbis e você saberá”.

“Noite fria, recepção do ônibus, milhares de vozes.

“Está tudo ali, a paixão, a lealdade, a fé, a força, a identidade, a história.


“Em noites como essa eu sou mais vocês.

“Sou mais um de vocês.


“Porque eu ainda estou aqui, talvez não deva escutar, mas eu canto também.

“Por isso eu peço que cantem muito, não parem de cantar até a voz acabar.


“É o que mantém vivo o nosso legado.”

A ideia foi do departamento de marketing do São Paulo.

Recriar a voz de Telê Santana, que morreu em 2006, convidando os torcedores para o confronto decisivo das quartas de final da Libertadores, contra o Nacional, do Uruguai, na quinta-feira.

A ideia é ter o estádio cheio, que significa mais pressão para o time uruguaio.

E mais dinheiro para os cofres do São Paulo.

O método usado foi a Inteligência Artificial, que juntou a voz do falecido técnico com a do seu filho, Renê.

O clube divulgou o áudio nas suas redes sociais.

O resultado não foi o que o departamento de marketing sonhava.

Houve uma grande divisão nas redes sociais.

E outra silenciosa, entre dirigentes e conselheiros do clube.

Há quem não ache ético usar a voz de uma pessoa que morreu.

Mesmo com a anuência, e participação, do seu filho.

É uma estratégia radical.

De gosto duvidoso.

E que pode ser considerado por muitos como desrespeitosa.

Que usa Telê, que quando abandonou o futebol por conta de uma isquemia cerebral, havia acertado com o Palmeiras.

Tendo deixado de trabalhar no São Paulo...


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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