Salário, carro e hotel. Exigências de Bruno, que o Piauí negou
Em áudio, Bruno avisa o que quer para jogar em Teresina. Mas dirigentes do Picos decidem não contratar o jogador. O assassinato de Eliza não é perdoado
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Eu conheço bem o que é o Piauí.
"Estive e morei aí quando era criança, em um lugar muito pobre. Saí ainda muito novo, a gente era muito pobre. Uns oito meses, depois voltamos para BH (Belo Horizonte).
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"Conheço, sei da história, o povo nordestino é um povo apaixonado por futebol. Tem muito flamenguista.
"Esta sua ideia é muito legal. Venda de camisa, marketing...
"Me faz uma proposta que entre questão de salário, moradia, automóvel.
"Por ser um lugar longe, não vou ter de levar meu carro. Vou precisar de um automóvel para me movimentar aí.
"Vocês alugam, me dão esse carro, não sei.
"Eu vou e tiver que ficar o tempo que tiver que ficar, mas tudo por conta do clube.
"Tudo por conta do clube.
"Eu, particularmente, vou ficar em um hotel por questões de segurança. Se vocês tiverem dispostos a pagar o preço, o negócio é esse.
"Se tiver oportunidade eu quero é trabalhar."
"Hoje não faço mais nada que eu vá tomar prejuízo.
"Aí antes de eu chegar der errado porque a mídia foi em cima e teve manifestação. Aí eu fiquei no prejuízo.
"No 0X0, tendo que dar explicação para repórter.
"Isso eu não quero.
"Não quero que minha família sofra."
Veja mais: Bruno pode causar reviravolta no caso da morte de Eliza
Essas são declarações do goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio.
O áudio, confirmado pelo goleiro, circulou nas rádios do Piauí.
Foi atribuída a um empresário que teria dito a Bruno representar o Picos, equipe de Teresina.
O técnico Adelmo Soares confirmou a jornalistas que ele quer um goleiro. E que o nome de Bruno fazia parte dessa relação.
Só que veio a resposta imediada do presidente Rodrigo Lima.
Em nota oficial, o Picos destaca não ter o interesse no jogador.
Por conta de o clube "prezar por princípios sólidos de boa conduta. Dentro e fora do campo".
Ou seja, mais um clube a fechar as portas ao mandante do assassinato de Eliza Samudio.
Poços de Caldas, Tupi, Fluminense de Feira de Santana, Operário do Mato Grosso já haviam desistido da contratação do goleiro de 35 anos.
Por conta da pressão da sociedade brasileira, que não aceita seu retorno ao futebol. E pressiona os patrocinadores nas redes sociais.
Bruno segue firme.
Quer jogar futebol.
Não aceita pensar em trabalhar em qualquer outra profissão.
Ele cumpre regime semiaberto pelo cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver.
Para seguir fora da cadeia, a justiça exige que o condenado trabalhe.
Veja mais: Exclusivo: irmão de Lucas Paquetá é flagrado segurando fuzil em festa
Tudo indica.
Bruno terá de esquecer o futebol.
O motivo é o bárbaro assassinato de Eliza Samudio...
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