Raí com um pé fora do São Paulo. Os fracassos são 'todos seus'
É acusado de ter montado elenco caríssimo de jogadores velhos, egocêntricos. E de ter contratado um técnico sem conquistas em clubes grandes
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Não se deixe enganar pelos cabelos branco.
"Pois os canalhas também envelhecem."
A ácida e brilhante citação de Rui Barbosa veio trazer neurônios ao futebol brasileiro em setembro de 2017.
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Pelas redes sociais de Rogério Ceni.
Ele dedicava a nota ao inseguro presidente do São Paulo, Leco.
O motivo: resposta ao dirigente que o culpou pelos fracos resultados naquele ano e ainda considerou sua imagem 'embaçada'.
A revolta de Ceni estava também no fato de ter sido usado como cabo eleitoral, ter tido a promessa de que seria respaldado, já que o dirigente resolveu vender os jogadores mais importantes sob o comando do novo técnico.
Ceni aprendeu e jurou, enquanto o inseguro Leco estiver no comando do clube, jamais trabalhará de novo no São Paulo.
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Depois, foi Ricardo Rocha que, também foi escolhido pelo inseguro Leco como ídolo do clube. Ele foi embora em solidariedade a Raí, que foi massacrado pela demissão de Diego Aguirre. A demissão ficou na sua conta, mas a decisão foi do inseguro Leco, que quis dar um choque de realidade, faltando cinco partidas para acabar o Brasileiro de 2018. O resultado foi um fracasso.
E agora que está na alça de mira de conselheiros e membros da diretoria é Raí.
O executivo de futebol é acusado de montar um elenco caríssimo, formado por veteranos em declínio na carreira e alguns deles egocêntricos, que não aceitam críticas.
As duas principais cobranças são duas. A primeira: contrato de três anos, pagando R$ 1,5 milhão, para Daniel Alves, a caminho dos 37 anos. E aceitar sua imposição de só voltar ao futebol brasileiro para atuar como meia, apesar de ser um dos melhores laterais do mundo.
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A segunda, a contratação de Fernando Diniz. Treinador sem conquistas em clubes grandes, de pouca experiência em lidar com elenco tão importante. Nos bastidores do Morumbi, todos sabem que Raí cedeu à pressão de jogadores como o próprio Daniel Alves, que queriam o técnico no lugar de Cuca.
E os números de Fernando Diniz já são piores do que seu antecessor.
Raí sabe que recebeu a missão do inseguro Leco de classificar o time para a Libertadores na fase de grupos. O clube precisa terminar entre os quatro primeiros do Brasileiro, se o Flamengo não vencer a Libertadores. Se vencer, a classificação pode ser até entre os cinco.
Mas não há a menor certeza.

O clima no São Paulo é péssimo depois das derrotas para o Fluminense e o time misto do Athletico Paranaense.
A primeira rusga assumida é entre Diniz e Pato. O técnico perdeu a paciência com o midíatico jogador, que tem atuado cada vez pior. Hernanes também está se cansando da reserva.
Raí tem a certeza de que, se o clube fracassar, não há como apostar no apoio do inseguro Leco. Ele já virou as costas para Rogério Ceni e Ricardo Rocha. Por sobrevivência política, não hesitaria em também despachar outro ídolo.
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"Eu não vou pedir demissão", garante o executivo.
Seu contrato termina no final deste ano.
Não há a menor movimentação para a renovação.
Fernando Diniz e seus jogadores sabem que o escudo que possuem é Raí. E fizeram um pacto para tentar salvar o executivo.
E se desdobrar contra Santos, na Vila Belmiro, Ceará, em Fortaleza, Vasco no Morumbi, Grêmio, em Porto Alegre, Internacional, no Morumbi e CSA, em Alagoas.
Mas as chances são pequenas de permanência de Raí, mesmo se o clube consiga a classificação.

Seu nome entre os conselheiros e dirigentes está associado à insegurança, incoerência, investimento em jogadores velhos, desgastados e caríssimos. E falta de coragem de apostar de verdade na base.
Raí está cada vez mais isolado no Morumbi.
Ele que não espere solidariedade no fracasso.
Principalmente do inseguro Leco...
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