Palmeiras, líder guerreiro. Venceu o clássico contra o Santos com um a menos. Merentiel roubou a cena
Em um clássico dificílimo, o Palmeiras conseguiu vencer o Santos, mesmo com nova expulsão de Danilo. 1 a 0, lindo gol de Merentiel. Palmeiras caminhando firme para o título do Brasileiro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A expectativa dos torcedores que lotaram o Allianz Parque era ver Endrick estrear. Não viram. Mas como o blog informou de manhã, a estrela da base ficou no banco, pela primeira vez.
Mas a torcida viu um personagem inesperado roubar a cena.
E a disparada na liderança do Brasileira continua.
São agora 57 pontos, nove de diferença contra o Fluminense, com 48. A rodada foi ótima para o time da Abel Ferreira. Além da vitória, houve nova derrota do Flamengo, clube com elenco forte suficiente para tentar uma arrancada. Agora, a distância entre os dois é de 12 pontos faltando apenas 11 rodadas.
O clássico foi muito mais difícil do que se poderia imaginar.
Por conta do Santos. Muito bem armado pelo treinador interino Orlando Ribeiro. Ele conseguiu anular Gustavo Scarpa e Dudu com uma marcação fortíssima, por setor. Fixa. Sem perseguição individual. O treinador encaixotou os dois encurtando o espaço entre os volantes e os zagueiros, pelos pelos lados do campo.
E acertou em cheio ao deixar Soteldo como armador. Habilidoso, veloz, driblador, ele infernizou a intermediária palmeirense. E conseguiu a expulsão de Danilo que, irritadíssimo com o trabalho que o venezuelano dava, resolveu acertar uma entrada violenta, maldosa, e mereceu o cartão vermelho direto do árbitro Wilton Pereira.
Outra vez, o jovem volante comprometeu o Palmeiras, como fez na Libertadores, ao ser expulso nas quartas, contra o Atlético Mineiro, depois de outra falta violenta, em Zaracho.
Com dez, desafiando a lógica, o líder do Brasileiro começou a jogar muito melhor. Com os jogadores respondendo psicologicamente de maneira impressionante. Decididos, solidários, preenchendo o espaço deixado pelo volante. A equipe se desdobrou e partiu para o confronto, com raiva, vontade de vencer.
Os jogadores do Santos, que dominaram o jogo, com muito mais lucidez, ficaram aturdidos com a reação do Palmeiras. Parecia que o time com um atleta a menor era o santista.
A sinergia entre os dez comandados de Abel Ferreira e a torcida palmeirense foi impressionante.
A vibração passou a ser diferente. Foi como se eles tivessem percebidos que valeria um passo importante para o título brasileiro, que virou 'obrigação' com a queda na Libertadores. E passaram a encurralar o Santos. Sem a apatia do primeiro tempo. Sofrendo com Soteldo, até o último minuto, mas lutando de maneira bem diferente.
E foi com essa volúpia que veio o gol da vitória.
Merentiel, que havia entrado no lugar de Tabata, já havia ensaiado, dois minutos antes, ao dar uma linda bicicleta. A bola passou 'lambendo' o ângulo do ótimo goleiro João Paulo.
Mas aos 31 minutos, não houve jeito. Depois de escanteio, Murilo desviou. A bola foi para Merentiel que a amorteceu na barriga e deu um giro belíssimo, no alto, mesmo marcado por Madson. E estufou as redes santistas.
1 a 0, Palmeiras.
Perdendo, e com um a mais, o Santos partiu para tentar ao menos o empate.
A partida ganhou em dramaticidade, com o Palmeiras encolhido, mas tentando contragolpes traiçoeiros.
A tensão dominava o Allianz Parque.
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E, para variar, Abel Ferreira, outra vez se deixou levar. Reclamando aos berros com a arbitragem. O treinador, que tem feito um trabalho excepcional, acabou expulso, de novo. Aos 46 minutos. Algo que também precisa ser corrigido. E, por ele mesmo.
O Santos lutou bravamente. Mas o elenco é limitado. E não conseguiu descobrir outras saídas a não ser levantar a bola para a área palmeirense. O que só facilitou o trabalho de Murilo, Gustavo Gómez e Luan. Sim, Abel Ferreira deixou seu time com três zagueiros, para garantir a vitória.
E conseguiu.
Hoje, de maneira guerreira.
O Palmeiras caminha firme para o título nacional.
Endrick não entrou um minuto sequer, a dramaticidade do clássico não permitiu.
O destino reservou a Merentiel, que até agora não justificou a aposta de sua contratação, marcar o gol importantíssimo.
E que deu mais três pontos fundamentais.
Além de reforçar a confiança.
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