Palmeiras, 858 minutos sem tomar gols. Para festa do São Paulo
Felipão conseguiu fazer seu time travar o Internacional, em Porto Alegre. 0 a 0 que foi ótimo para o rival São Paulo, que abriu três pontos dos gaúchos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Fazer gols no Palmeiras com Felipão virou uma façanha.
E hoje foi mais uma demonstração do poder defensivo do treinador de quase 70 anos.
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O Internacional jogando na sua arena lotada, em Porto Alegre, não escapou do 0 a 0.
Somando os dois jogos com Wesley Carvalho e Paulo Turra, são nove duelos sem a defesa ser vazada.
São 858 minutos sem sofrer gols, desde o confronto contra o Fluminense, quando foi derrotado por 1 a 0, dia 25 de julho.
Este foi o presente de Scolari pelos 104 anos do Palmeiras, completados hoje.
Foi a sétima partida invicta, desde o técnico voltou da China. Sem Dudu, Felipe Melo, Borja, Edu Dracena e Gustavo Scarpa.
Ele trouxe a firmeza defesiva que Roger Machado não conseguiu dar ao clube paulista.
A confiança dos atletas palmeirenses é outra.
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Parece outro time nas mãos do veterano Scolari.
Sem dúvida, ele aprendeu com os 7 a 1 da Alemanha.
No futebol moderno não se escancara time algum.
O resultado foi ótimo para o rival São Paulo, líder do Brasileiro, agora com três pontos de vantagem em relação aos gaúchos. 45 pontos contra 42. Antes de começar a rodada, a diferença entre os dois era de apenas um ponto.
O Palmeiras segue sua recuperação no Brasileiro.
Já é o quarto colocado, com 37 pontos.
Qual é o segredo da recuperação do Palmeiras?

A implacável e incomum participação de todos os jogadores sem a bola. Algo comum na Europa, mas ainda muito raro neste país. Por falta de firmeza do treinadores e por acomodação dos atletas. Os 36 anos como técnico e, principalmente, os 7 a 1, ensinaram Felipão a distrubuir seus atletas em campo.
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Odair Hellmann não pôde fazer sua tradicional pressão sobre os adversários em Porto Alegre. Porque Scolari teve coragem e fez o Palmeiras marcar forte, a partir da intermediária gaúcha. Não houve espaço para trocas de passes, arquitetar ataques em blocos e nem mesmo as triangulações pelas laterais.
Seu time misto se comportou como o principal, com vários atletas poupados para o confronto decisivo pelas oitavas da Libertadores, diante do Cerro Porteño.
O Palmeiras não tinha nunca menos do que seis atletas nas intermediárias. Assim, as artérias do Internacional estavam cortadas. Forçando a cruzamentos inócuos ou tentativas forçadas de dribles, já que os torcedores tentavam empurrar a equipe para o ataque.
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No primeiro tempo, os paulistas dominaram o jogo.
Em uma partida com raríssimas chances de gol, a maior do lado verde foi de Deyverson. Ele desviou chute de Moisés, a bola passou a centímetros do gol de Marcelo Lomba.
A obrigação de reação era do Inter. E Hellmann fez ótimas trocas. Camilo no lugar de Rossi, Brenner na vaga de Jonatan Alves e, principalmente, na de D'Alessandre na vaga de Zeca.
Foi quando o Internacional dominou a última meia hora do jogo. Mas só criou uma grande oportunidade, quando Cuesta cabecou livre na entrada da pequena área e Weverton defendeu por puro reflexo.

No mais, o Scolari conseguiu sem intento.
Não perdeu em Porto Alegre.
Mesmo com seu time misto.
Descansou vários titulares.
Chega a nove partidas sem sofrer gols.
E ganhou confiança para o confronto da Libertadores.
Técnico realmente faz diferença no futebol...
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