Conmebol suspende Libertadores. CBF resiste
Confederação sul-americana foi pressionada. E não teve como não suspender rodadas da Libertadores, por conta do coronavírus. CBF mantém Estaduais
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Assim como a CBF, a Conmebol resistiu.
Só mesmo quando a situação ficou insustentável, e que poderia haver a interferência direta da Fifa, decidiu pela suspensão da Libertadores.
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O surto de coronavírus no mundo, infelizmente, é algo terrível.
Pandemônia, como assumiu a Organização Mundial da Saúde.
Só que o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, fez de tudo para não mexer na Libertadores.
Por um motivo muito simples.
A dificuldade com as datas.
A competição tinha previsão de encerramento no dia 21 de novembro.
Duas rodadas, a de 15 e a de 21 deste mês, foram adiadas.
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O que pode levar a competição até o início de dezembro.
A entrada de uma equipe sul-americana no Mundial do Qatar está prevista para a primeira quinzena de dezembro.
O que seria caótico.
Sem tempo algum para adaptação ao país, ao clima, ao fuso horário.
Mas Dominguez não pôde fazer nada, quando foi declarada oficialmente a pandemônia.
E os clubes também pressionaram a Conmebol para que o torneio não acontecesse com estádios vazios, sem público.
O motivo é óbvio: arrecadação.
A Conmebol se dobrou à vontade da Fifa.
E dos clubes.
Suspendeu a Libertadores, não apenas fez com que os jogos fossem com portões fechados.
E deu um 'tiro curto''.
A princípio de duas semanas.
A esperança é que aconteça uma reversão do quadro do coronavírus no mundo.
A CBF segue mantendo os estaduais e a Copa do Brasil normalmente.
Se escora no Ministério da Saúde para continuar permitindo estádios cheios.
Até por ser a postura que agrada as Federações, que mantêm Rogério Caboclo na presidência.
Mas o Ministério de Saúde está cada vez mais preocupado.
E o surto tem tudo para piorar no Brasil.
Aí o futebol local será atingido.
Por conta do público nas arquibancadas...
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