As agressões de Ortiz e Diego Souza. Só o VAR para o fim da selvageria
O zagueiro do Colón e o meia do São Paulo se agrediram covardemente. Longe dos olhos da arbitragem. O VAR acabará com essa violência 'esperta'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Na coletiva final do presidente da Fifa sobre a Copa da Rússia, Gianni Infantino, estava eufórico.
Éramos cerca de 300 jornalistas na sala de imprensa lotada do estádio Lujniki.
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Um dos motivos de sua alegria exagerada era o sucesso do VAR, o Video Assistant Referee.
O árbitro de vídeo.
Além dos impedimentos, toques da mão na bola, havia outro motivo de orgulho.
As jogadas desleais.
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"Um dos efeitos do VAR é a parte educacional. Vejam quantos cartões vermelhos tivemos nas últimas Copas, e até agora tivemos zero cartão vermelho por jogada violenta nesse Mundial. Não apenas por causa do VAR, mas também por causa dele.
"Agora, você sabe que se der uma cotovelada no rosto de alguém, vão ver isso. Uma das câmeras vai ver e você vai ser expulso."
Infantino está muito longe de ser perfeito. A pressão para o inchaço da Copa do Mundo, para 48 seleções a partir de 2022, é uma das provas. Mas em relação ao VAR ele está mais do que certo.
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No Morumbi, ontem à noite, Ortiz e Diego Souza provaram o quanto o futebol precisa do árbitro de vídeo.
Nem o juiz Leodan González e muito menos os bandeiras Miguel Nievas e Carlos Barreiro puderam acompanhar duas covardes agressões durante o jogo. O trio uruguaio não as percebeu, ao contrário de milhões de pessoas que acompanhavam ao jogo.
A primeira aconteceu em uma falta na lateral esquerda, perto da área do time argentino. A bola ainda iria chegar para a área, quando Diego Souza corria para tentar se antecipar. Foi quando levou uma cotovelada no rosto do zagueiro Ortiz.
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Tivesse a corrupta e bilionária Conmebol exigido o VAR, seria pênalti a favor do São Paulo.
E expulsão imediata.
Mas como a modernidade e justiça são lentas na América do Sul, o recurso só começará a ser usado nas quartas de final na Libertadores e na Copa Sul-Americana.
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As oitavas, que começaram a ser disputadas ontem, ainda permitia selvagerias.
E a covardia de Ortiz foi vingada, por outra atitude covarde.
Eram 45 minutos do segundo tempo, haveria uma substituição no jogo. Todos estavam com a atenção voltada para fora de campo, principalmente,o trio de árbitros uruguaios.
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Foi quando Diego Souza, do alto do seus 33 anos, usou a experiência, vivência e agiu como um menino de 14 anos. Tinha de 'dar o troco'.
E aproveitou que Ortiz estava de costas e acertou um pontapé desleal na panturillha do argentino. Imagem que foi flagrada de todos os ângulos pelas televisões que mostravam o jogo. Mas que Leodan González não teve o direito de ver.
Os dois não foram expulsos.
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Mas se os membros da Comissão de Arbitragem da Conmebol tiverem o mínimo de decência, de vergonha na cara, as duas agressões covardes precisam ser punidas. E os jogadores submetidos à suspensão exemplar. Não há mais espaço no futebol moderno para esses atos ilicítos, exemplo vergonhosos para milhões de torcedores.
No final, vitória dos argentinos por 1 a 0.
Ortiz ainda enfrentou a imprensa. Deu a mais antiga das desculpas para não se explicar.
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" Falemos de outra coisa. O que acontece em campo, fica no campo." O zagueiro tentou passar a imagem antiga que durante as partidas, tudo é permitido. Chamar o adversário de 'macaco', cuspir, dar dedadas humilhantes. E, principalmente, distribuir cotoveladas e pontapés covardes quando o árbitro não estiver por perto.
Diego Souza, que na semana passada, deu inúmeras entrevistas, fez dancinhas para comemorar gols do São Paulo, fugiu dos jornalistas. Sabia ter sido flagrado pelas câmeras de televisão.
Além da suspensão que deverá tomar, deixou o clima pior para a revanche na Argentina. Seu pontapé foi motivo de inúmeras críticas nos jornais portenhos, que destacam sua 'patada'.
A diretoria do São Paulo em vez de punir severamente o seu importante jogador, que teve uma atitude de menino e deverá ser suspenso pela Conmebol, prejudicando o time, tratou de fazer o contrário. Mandou a assessoria de imprensa avisar aos jornalistas que o clube tinha o vídeo da agressão de Ortiz.
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Ou seja, como o argentino bateu primeiro, Diego Souza estava livre para bater também.
Uma imensa bobagem.
Se os dois jogadores soubessem que haveria o VAR, tratariam apenas de jogar futebol.
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Não apelariam para covardes cotoveladas e pontapés por trás.
Até que enfim essa fase está ficando para trás.
Ortiz e Diego Souza representaram o atraso ontem no Morumbi.
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Na quinta-feira, dia 16 de agosto, não devem estar em campo, na Argentina.
Porém, mais importante do que isso será o final das oitavas da Sul-Americana.
Nas quartas, já haverá o VAR para punir a deslealdade.
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Como precisa ser, no ato que ela acontecer.
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