Andrés consegue acordo paternal com Caixa. Ótimo para Duílio
Finalmente consertou seu erro que sufocava o Corinthians economicamente. São várias mudanças. O dinheiro da arrecadação do estádio ficará no clube
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A dois dias da eleição do Corinthians, a revelação.
E que favorece imensamente o candidato à presidência do Corinthians, Duílio Monteiro Alves.
O clube conseguiu um acordo paternal com a Caixa Econômica Federal para o pagamento do estádio.
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De forma incrível, obteve um acordo sensacional, que tem tudo para colocar fim às tremendas dificuldades econômicas que Andrés Sanchez mergulhou o clube, no primeiro trato para a construção da arena.
O sofrimento vem desde 2014, quando a arena foi inaugurada.
E o dinheiro das arquibancadas passou a ir diretamente para o pagamento do empréstimo de, em 2010, de R$ 400 milhões. Fora o que o clube devia para a construtora Odebrecht.
Andrés sonhava com o pagamento efetivo do dinheiro muito antes de 2028. Apostava na venda dos naming rights por R$ 400 milhões. E com a arena lotada pela torcida em todos os jogos.
Acreditou em campanhas vitoriosas seguidas, que trariam patrocinadores enormes. E com o potencial para exigir cada vez mais das transmissões dos jodos do Corinthians.
Nada disso aconteceu.
E foram seis anos de penúria, com o dinheiro escoando para o pagamento do estádio, sem naming rights. Times especialistas em apenas defender.
Alegria genuína em 2012, com a Libertadores e o Mundial.
Vieram os Brasileiros de 2011, 2015 e 2017.
Mais os Paulistas de 2013, 2017, 2018 e 2019.
A dívida se acumulou, por conta dos juros.
O clube passou a ser processado por falta de pagamentos diversos.
São mais de 180 processos cobrando o clube.
Salários passaram a atrasar constantemente.
Andrés prometeu que voltaria para corrigir o péssimo negócio que fez para o Corinthians.
Foi ótimo ter um estádio digno do clube.
Mas não vendendo a alma.
Andrés usou como mote de sua campanha de volta à presidência do clube 'acertar a questão do estádio', repetiu à exaustão.
Foi eleito e só depois de muita briga política, ameaças, acusações, o acordo foi fechado com a Caixa Econômica Federal.
E acabou anunciado ontem.
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Primeiro, o Corinthians conseguiu esticar o prazo de prazo de pagamento da arena. De 2028, que Andrés prometia que tudo seria pago bem antes, para 2040. O clube ganhou 12 anos a mais, de fôlego.
Ganhou dois anos de carência.
Só voltará a pagar a dívida só em 2022.
E as boas notícias não param.
O pagamento será anual e não mais mensal, como acontece atualmente.
Em 17 vezes.
Com o grande detalhe.
A parcela anual do financiamento chegará ao máximo, a R$ 38 milhões.
Só que R$ 15 milhões por ano já estão garantidos, por conta da Hypera Pharma, que pagará R$ 300 milhões por vinte anos de naming rights. O dinheiro irá da empresa para a Caixa.
Restarão R$ 23 milhões para o clube arrecadar. Só que o Corinthians costuma chegar a R$ 58 milhões em arrecadações anuais, em média.
Ou seja, ficará com, pelo menos, R$ 25 milhões de lucro.
Algo espetacular, para quem não fica com nada atualmente.
A Caixa Econômica fez algumas exigências.
Fixar a dívida emR$ 569 milhões.
Descontados os R$ 300 milhões dos naming rights restarão R$ 269 milhões a serem pagos.
Só que as parcelas sofrerão um reajuste de as parcelas serão reajustadas em3,4% e corrigidas pela TJLP (taxa de juros de longo prazo), que atualmente é de 4,55% ao ano.
O que tornará o valor final muito maior do que o anunciado agora.
Andrés Sanchez também garante já ter 'amarrado' e ainda não divulgou o acordo com a Odebrecht pela dívida da construção da arena.
Ele está fazendo o que havia prometido.
Resolvendo a intricada situação do estádio.
Conseguiu.
À vésperas da eleição no clube.
E ainda favoreceu seu candidato.
Ninguém efetivamente sabe quando foi fechado o acordo.
Mas vazou ontem.
E vai influenciar a eleição.
Política é assim.
Mas Andrés Sanchez não fez mais que sua obrigação.
Consertou um erro gravíssimo.
Avaliar de forma exagerada o dinheiro que viria das arquibancadas.
Da televisão.
E não sabia que levaria dez anos para fechar os naming rights da arena.
Sua missão de retorno foi cumprida.
Mas a que custo?
O Corinthians perdeu muito tempo até ter um acordo decente com a Caixa Econômica Federal.
O time perdeu títulos, formou times medíocres.
Tudo porque o dinheiro arrecadado ia para a Caixa.
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Isso acabou.
Ótimo para o Corinthians.
Melhor só para Duílio Monteiro Alves.
Pior aos outros candidatos.
Mario Gobbi e Augusto Melo...
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