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A estreia do São Paulo. Tão animadora quanto preocupante

Jardine propõe o time ofensivo, com posse de bola, vibrante. Mas mostra falta de organização defensiva e precipitação. Por isso, a derrota Eintracht 

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo: vibração, posse de bola. Mas precipitação e péssima organização defensiva
São Paulo: vibração, posse de bola. Mas precipitação e péssima organização defensiva São Paulo: vibração, posse de bola. Mas precipitação e péssima organização defensiva

São Paulo, Brasil

"Era um jogo complicado porque o adversário tem bom nível. Quando assistimos aos vídeos, fiquei impressionado com a qualidade.

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É um time que está surpreendendo no Campeonato Alemão, está no meio da temporada e descansou alguns dias.

E a gente com cinco dias de trabalho. Fica o saldo extremamente positivo pela entrega que a equipe teve, pela agressividade, que é uma identidade que estamos buscando."

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A temporada do São Paulo em 2019 começou exatamente como se esperava. 

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Acossado pela ganância pelo cachê que o Florida Cup oferece.

Um torneio completamente contrário ao calendário brasileiro.

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A equipe ainda embrionária de André Jardine foi exposta diante do Entracht Frankfurt, equipe muito bem montada e que está no meio da temporada alemã. Derrota por 2 a 1. Algo completamente incompatível.

Os times brasileiros são sempre sacrificados neste torneio para 'incentivar o futebol' nos Estados Unidos.

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A equipe de Jardine mostrou desentrosamento e falhas, principalmente defensivas, compreensíveis pelo desentrosamento. Mas também denunciou algo que é preocupante.

Jardine, ao contrário de Diego Aguirre, propõe o jogo. Não se limita a ficar apenas nos contragolpes, como um time pequeno. Quer o São Paulo voltando a se assumir grande, tricampeão mundial. 

O domínio de bola passou a ser prioridade. Com o time atuando em bloco, muitas vezes atacando com os dois laterais ao mesmo tempo. Movimentação constante do meio para a frente.

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Com ridículos cinco dias de trabalho, a perspectiva ofensiva, na busca de gols, é animadora.

Porém, ainda há falha na recomposição. Demora na cobertura dos laterais. Zagueiros expostos e nervosos. Além da proibição dos chutões, bobeada em domínio de uma bola e erro infantil de passe podem ter consequências desastrosas, custar uma derrota.

Foi o que aconteceu ontem nos Estados Unidos.

Coube ao time alemão Adi Hütter apenas marcar forte nas intermediárias. E esperar.

Afinal, enfrentar um adversário que decide ter o domínio da partida, com seis estreias. Divididos nas duas etapas.Tiago Volpi, Pablo e Hernanes no primeiro tempo. Igor Vinícius, Léo e Willian Farias no segundo.

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A garra, a vibração dos jogadores são elogiáveis.

Mas faltou coordenação.

Hernanes mal chegou da China. Impossível já ser o maestro que o inseguro Leco sonhava. Outra vez capitão do time, ele até tentou orientar, organizar. Mas mal sabia o nome dos companheiros.

Jardine pode e deve ter gostado da movimentação.

Mas o que fica para os torcedores e conselheiros é mais uma derrota.

O resultado tem um peso fundamental na vida do inexperiente treinador.

A derrota transformou em remota a chance de conquista do Florida Cup.

Será mais um torneio perdido para o São Paulo.

Clube que está há sete anos semm conquistas.

Raí fez uma escolha muito estranha.

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Colocou Vagner Mancini como coordenador.

Ele é um técnico campeão da Copa do Brasil, vivido.

Acompanhando tudo o que o inexperiente Jardine faz.

Lógico que é uma sombra, dentro do Morumbi.

Acompanhar o técnico tentando valorizar a derrota foi algo preocupante.

Só para dar um exemplo dentro do próprio São Paulo, Rogério Ceni tentou fazer o mesmo.

E acabou demitido em sete meses.

Ele é o maior ídolo da história tricolor.

André Jardine é apenas uma aposta.

Terá de entender rápido.

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Fazer o São Paulo atacar é ótimo.

Mas não ter recomposição e organização sem a bola são pecados pesados demais.

O primeiro jogo de 2019 serve como aviso.

Vagner Mancini nunca esteve tão perto...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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