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Cosme Rimoli Copa 2018

O caminho de 20 anos que fez a França bicampeã mundial

Os segredos . A aposta na juventude depois do fracasso da Eurocopa.  E o trabalho sério na descoberta e formação de talentos

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Reformulação e investimento nos jovens talentos. Os segredos da França bicampeã
Reformulação e investimento nos jovens talentos. Os segredos da França bicampeã

Moscou, Rússia

A França entrou de vez para a elite do futebol mundial. 

Com o melhor currículo entre todas as seleções.

Não há ninguém que se aproxime do que fez nas duas últimas décadas.


Três decisões de títutos e duas conquistas em 20 anos. 

E, para aviso do mundo, a equipe de Didier Deschamps, estará no Catar em 2022.


Com a esmagadora maioria de seus jogadores. 

A campeã da Copa da Rússia é também a seleção mais jovem, com média de 26 anos. Só a Argentina, que venceu a competição em 1978, teve um time mais jovem. 25,8 anos.


O grupo dos 23 atletas é o mais jovem da Copa do Mundo de 2018, com média de 26 anos, ao lado da já eliminada Nigéria. A equipe titular que Didier Deschamps deve escalar no próximo domingo, contra a Croácia, na decisão do Mundial, é ainda mais nova: média de 25,8 anos.

E o mais impressionante é Mbappé. 

Ele não é só o mais novo da Seleção Francesa. É também de toda a Copa, com seus 19 anos. É o terceiro mais jovem a disputar uma final de Copa, só ficando atrás de Pelé, que tinha 17 anos, em 1958 e Bergomi, 18, na Itália, em 1982.

A menor média de idade garante. Esse time estará na Copa do Catar
A menor média de idade garante. Esse time estará na Copa do Catar

Há a mistura de destino e de trabalho não só no sucesso atual. Mas no futuro francês. 

O fracasso na Eurocopa de 2016 forçou a renovação. Sissoko, Evra e vários outros deixaram de pertencer à elite francesa. Apenas nove atletas daquela campanha vieram para a Rússia. 

Não foi por acaso que Mbappé foi o melhor jovem atleta desta Copa. Aos 19 anos, mostrou como se faz para colocar o talento a favor do time. 

Isso, ele aprendeu nos doze centro de preparação de jovens jogadores franceses. Um plano que o primeiro treinador campeão do mundo, Aimé Jacquet, colocou em prática, no final da década 90, após a conquista da Copa. 

A ideia era garantir que os franceses entrassem de vez na elite do futebol. E a Federação Francesa de Futebol fez tudo o que a CBF deveria fazer. Mas não tem competência nem vontade para fazer. O Brasil segue atrasado na base, desperdiçando talentos.

A França apostou nos meninos, em um treinamento do mais alto nível desde os oito, nove, dez anos. 

A geração bicampeão do mundo foi formada nestes centros.

Mbappé, Pogba, Griezmann saíram de lá, por exemplo.

Ou seja, não é à toa que, em 20 anos, a França tenha decido três vezes o Mundial.

E vencido dois.

Mbappé foi tratado com todo o carinho em um dos centros de Jacquet
Mbappé foi tratado com todo o carinho em um dos centros de Jacquet

Houve coragem de Deschamps em apostar na reformulação do elenco. 

Com um time competitivo, obediente, talentoso e muito aplicado taticamente, venceu Austrália, Peru e se deu ao luxo de jogar com reservas contra a Dinamarca e empatar. Depois foi trucidando os bicampeões Argentina e Uruguai. Despachou a Bélgica.

Veio a goleada por 4 a 2 contra a Croácia.

E um aviso.

Esse time estará no Catar.

Enquanto novos talentos estão nascendo na França...

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