Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rimoli Copa 2018
Publicidade

Neymar deu a alma. E o Brasil renasceu na Copa

Foi um sufoco. A Costa Rica conseguiu marcar, segurar o 0 a 0 até os 45 minutos do segundo tempo. Mas Coutinho e Neymar fizeram justiça

Cosme Rímoli|Do R7


Neymar fez o segundo gol do Brasil na vitória contra a Costa Rica
Neymar fez o segundo gol do Brasil na vitória contra a Costa Rica

São Petersburgo, Rússia

Neymar desabou no gramado ao final do jogo.

Chorou muito.

As lágrimas eram a expressão da pressão, da tensão, do sofrimento. 

Publicidade

Foi desesperaradora a vitória contra a Costa Rica. Foi preciso superar 90 minutos de paciência, tensão, raiva. Bola na trave, pênalti não confirmado no VAR. Inúmeras chances perdidas. Neymar se assumiu como o grande líder da equipe. E enfrentou, peitou costarriquenhos e o árbitro holandês.

Quando tudo indicava que o 0 a 0 iria castigar a Seleção, mais uma bola foi levantada para a área. Roberto Firmino ajeitou para Gabriel Jesus. O atacante não conseguiu dominar a bola. Ela procurou Phillipe Coutinho, que chutou com com raiva. A bola passou no meio das pernas de Navas.

Publicidade

Confira tudo sobre Copa 2018 no R7 Esportes

Com o gol brasileiro, chegou a vez de Neymar descontar todos os pontapés, as discussões. Deu dribles espetaculares. E ainda recebeu um presente maravilhoso de Douglas Costa. E tocou a bola para as redes. 2 a 0, Brasil.

Publicidade

A torcida cantava 'o campeão voltou'. 

Não. 

Não. Na verdade, a confiança voltou...

Não havia outra saída. O time de Tite precisava atacar, mostrar força, potência. E a Costa Rica seguiu o roteiro que o técnico havia previsto. Uma equipe moderna, compacta, marcando muito forte. A partir de uma linha de cinco zagueiros, presos como pebolim quando o Brasil tinha a posse de bola. Quatro jogadores no meio de campo. Três deles volantes. E um atacante truculento na frente, Ureña,

O treinador Óscar Ramirez colocava sua seleção por uma bola.

Ou seja, o Brasil não podia errar.

Leia também

Sem saída, para um país que se assume como candidato à conquista do Mundial, não havia outra saída a não ser se arriscar. Buscar o ataque. Só que desta vez, pelo menos, seria dos dois lados, com Fagner no lugar de Danilo, contundido, o time atacaria também pela direita. O futebol de Willian melhorou muito com o corintiano no time.

Também porque a prioridade seguiria sendo pela esquerda com Neymar, Marcelo e Coutinho.

A pressão prometida nos treinamentos não se concretizava. Porque a Costa Rica não se afobava. Não abria seu sistema. Tinha três opções para buscar o gol. A primeira e, mais óbvia, descer dar chutões para Ureña levar a zaga no peito. A segunda, bolas aéreas. A terceira, estudada com calma, nas costas de Marcelo.

E a primeira chance clara do jogo foi da Costa Rica.

Muito bem treinada, a bola chegou limpa para Celso Borges. Livre da marca do pênalti, ele bateu cruzado, para fora. Aos 12 minutos, o Brasil escapava de sair atrás no placar.

Neymar outra vez centralizava o jogo. Mas desta vez estava menos egoísta. Alternava dribles com tabelas. O time procurava tocar a bola com lucidez, paciência. Mas faltava penetração, rapidez de raciocínio para Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Willian. Eles seguiam muito nervosos, tensos.

A Costa Rica seguia fria como gelo, marcando, esperando o tempo passar. Apostanda na afobação brasileira. Suas linhas de marcação funcionavam. Faltava ao Brasil confiança para chutar de fora da área.

O grande lance do primeiro tempo foi um agarrão que Paulinho sofreu na área. Foi um lance que mereceria ao menos o árbitro de vídeo. Mas o holândes Bjorn Kuipers assumiu a resposabilidade do lance. Para ele foi disputa de espaço normal. 

Tite decidiu agir. Apostou na explosão, no drible, no improviso. E colocou Douglas Costa no lugar de Willian. Com o canhoto ao lado de Fagner, ele esperava rasgar a competente defesa costarriquenha. 

O Brasil começou o segundo tempo pressionando ainda mais, outra vez era o sonho do gol no início. E ele quase veio, quando Gabriel Jesus aproveitou uma pane geral na zaga rival e acertou forte cabeçada no travessão. O sufoco seguiu. Neymar recuou para a intermediária e tinha mais espaço, de frente para o gol adversário. Com a bola dominada. 

E ele seguia comandando tabelas rápidas, buscando o arremate seu ou de Phillipe Coutinho, principalmente. Douglas Costa não entrou bem. O Brasil seguia jogando pela esquerda. O 0 a 0 seguia inclemente.

Foi quando Tite decidiu ousar. Tirou Paulinho, outra vez com fraca distribuição de passes, muito bem marcado. Colocou no seu lugar, Roberto Firmino. O Brasil apostava em 4-2-4, clássico, já que os costarriquenhos queriam apenas se defender.

Neymar teve duas chances clarríssimas. A primeira foi aproveitando um cruzamento e bateu forte, para espetacular defesa de Navas. Na segunda, aproveitou falha da zaga, dominou a bola diante do goleiro e chutou no alto, fora. A esta altura ele já atuava como ponta esquerda. E Coutinho assumia a parte cerebral do jogo.

A Costa Rica já demonstrava cansaço. 

Até que veio o lance mais polêmico. E que Neymar pagou pela fama. O zagueiro González escorregou e se apoiou levemente em Neymar. Mas como o atacante desmoronou na área, o árbitro não quis confirmar o pênalti. Preferiu apelar para o VAR. E concluiu que o toque do costarriquenho não foi suficiente para confirmar a penalidade.

Neymar ficou irritadíssimo. E tomou cartão amarelo em seguida, assim como Phillipe Coutinho.

Os nervos brasileiros estavam à flor da pele.[

Mas seria muita injustiça se o 0 a 0 se confirmasse.

Só que o Brasil insistiu e Phillipe Coutinho conseguiu o que parecia impossível. E Neymar completou o placar mais correto. A Copa do Mundo precisa premiar quem luta para vencer.

Foi o que a Seleão mais fez.

Lutar, querer vencer.

O Brasil ganhou não só com futebol.

Mas com a alma...

Copa 2018: confira as imagens mais bonitas de Brasil x Costa Rica

O árbitro acertou ao voltar atrás e anular o pênalti em Neymar?

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.