Firmino, Douglas Costa, Fagner. Tite olha para o banco de reservas
O fraco futebol do Brasil contra a Suíça abre a possibilidade para reservas com ótimo potencial. Ainda mais quando a vitória contra a Costa Rica é obrigação
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
Sochi, Rússia
Impossível não dizer que o clima mudou na Seleção Brasileira, depois do empate contra a Suíça. Está abalada a postura confiante, certa de que terá uma participação histórica na Copa.
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Mais do que isso, depois da fraca atuação do time em Rostov, algo precisa ser feito. A equipe não pode seguir insegura, tensa e sem a compactação que tanto Tite havia insistido desde que assumiu o cargo, em julho de 2016.
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Tite não é um homem de atitudes impensadas, trocas radicais no time que dirige. Mas contra a Costa Rica, sexta-feira, em São Petesburgo, a vitória é mais do que obrigatória. Além da óbvia diferença técnica entre os dois elencos, ele precisa ajustar o que não deuc certo contra os suíços.
A primeira e obrigatória intervenção tem como personagem Neymar. Depois de muito tempo, ele voltou a ser personalista na Seleção. Forçar dribles desnecessários, matar contragolpes para mostrar habilidade. Se irritou com a marcação suíça e queria humilhar os adversário.
Tomou dez faltas, em um sistema de rodízio, dos suíços, para baterem e não tomarem cartões. Mas algumas delas por Neyma prender a bola, chamar o suíço que tivesse pela frente para driblar. Infelizmente longe da grande área.
Tite precisará outra vez ter uma conversa séria com o jogador mais caro do mundo. Ele ainda não tem ritmo de jogo por conta dos três meses parado para recuperar de uma fratura no metatarso. A melhor saída para que posssa fazer render o talento que possui será jogando coletivamente. E aos poucos, dar os dribles que tanto gosta.
E tentar ser o personagem da Copa, como sonha.
Gabriel Jesus entrou na alça de mira. Se sacrificou, fez o que Tite pediu. Ficou isolado na frente. Brigou contra três zagueiros. Marcou subida de lateral. Deu carrinho, correu, foi solidário. Mas seu potencial ofensivo foi praticamente nulo.
Ao contrário de Roberto Firmino. Ele entrou muito bem no jogo. Conseguiu encontrar espaço para finalizar, abriu espaço para os companheiros de ataque. Se mostrou mais pronto para definir a partida do que Gabriel Jesus.
Com o empate diante da Suíça, o Brasil precisa necessariamente ganhar da Costa Rica, para poder até empatar com a Sérvia, na última partida do grupo. Os sérvios venceram os costarriquenhos.
Pode até não parecer justo, já que Firmino encarou os suíços já desgastados. Só que o jogador de 26 anos é mais vivido, se mostra menos tenso que o seu rival de posição, de apenas 21 anos.
Se Tite fizer a troca não será surpresa.
Willian já mostrou outro problema. Não conseguiu render tecnicamente o que pode. Douglas Costa está recuperado da lesão na coxa esquerda, tratada de forma discreta, mas que quase o corta do Mundial. Ele está pronto para jogar. E treinando bem. Tem potencial para entrar no time, que precisará de explosão na direita.
Aliás, outro jogador que não funcionou foi Danilo. O lateral que ficou com a posição graças à operação no joelho de Daniel Alves segue tímiido, travado. Tornou a equipe 'pensa' ou seja, que opta apenas pela esquerda para atacar, com Marcelo e Neymar. Acabou o desafogo pela direita.
E é aí que nasce a chance de Fagner. O corintiano segue treinando cada vez melhor. Com melhor desenvoltura do que o jogador do Manchester City. Tite sabe o que pode tirar do lateral com quem trabalhou há anos no Parque São Jorge. Porque não está tendo retorno de Danilo.
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A Copa é muito rápida para seguir esperando retorno de um jogador com potencial médio. Como é o caso de Danilo.
Outra grande decepção foi com sua maior aposta desde que assumiu a Seleção.
Paulinho.
O volante esteve irreconhecível. Errando passes, marcando mal. Em vez do onipresente jogador, ele se acomodou na proteção do inseguro Danilo. Foi completamente improdutivo.
Tite precisa dar espaço para o volante poder arrancar, surgir como homem surpresa no ataque. Muitas vezes, em Rostov, Philippe Coutinho estava ocupando o mesmo lugar, travando Paulinho.
Contra a Sérvia já ficou claro que a Costa Rica não tem a mesma firmeza na maração nas intermediárias que os suíços. Esta é a melhor oportunidade para que Tite acerta essa movimentação, completamente errada, ontem.
Paulinho é fundamental à equipe. Assim como Philippe Coutinho. São dois talentos. Mas acabaram se atrapalhando. O que foi venenoso para o Brasil em Rostov.
Renato Augusto é uma possibilidade na vaga de Paulinho.
Ou seja,Tite terá de decidir.
Ou aposta na equipe que considerava ideal.
Ou mexe no time.
A ansiedade, a insegurança, a tensão precisam desaparecer....
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