Testemunhas desmentem versão de suspeitos de matar Daniel
Jovens que participavam da festa na casa da família Brittes dizem em depoimento à polícia, nesta terça (6) que Edison montou álibi para o crime
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
A versão apresentada pelo casal Edison e Cristiana Brittes à polícia sobre o assassinato do jogador Daniel Corrêa foi desmentida em depoimentos de testemunhas prestados nesta terça-feira (6) na Delegacia Regional de São José dos Pinhais (PR), cidade onde o jogador de futebol foi morto no dia 27 do mês passado.
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Conforme apurou o R7, os responsáveis pela investigação ouviram quatro jovens que estavam na festa de aniversário de Allana Brittes, que completava 18 anos, na casa dos Brittes.
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O grupo de aproximadamente dez pessoas havia sido convidado para uma continuação das comemorações que tiveram início na boate Shed Bar, em Curitiba. O jogador do São Paulo, emprestado ao São Bento, estava no grupo e foi espancado por Edison — preso junto com a esposa e a filha — ao ser flagrado no quarto junto com a mulher dele.
De acordo com as testemunhas, a porta do quarto do casal não foi arrombada pelo empresário ao ver a esposa supostamente sendo estuprada por Daniel, conforme o suspeito afirmou na confissão que fez na semana passada.
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Os relatos divergem do depoimento de Cristiana, que disse ter sido violentada e gritado por socorro. Segundo a versão de pessoas que estavam na festa, a porta estava intacta. O arrombamento ocorreu depois de Daniel ser assassinado e ter o corpo deixado em um matagal na área rural do municípiocom o objetivo deassegurar um álibi.
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Outra atitude tomada com o objetivo de esconder a participação no crime, segundo as testemunhas ouvidas nesta terça, foi o telefonema dado por Edison à mãe do jogador, dois dias depois da morte do atleta.
Ameaças
As testemunhas demonstraram muito medo de represálias e revelaram que foram ameaçadas por Edison Brittes Junior. As identidades delas são mantidas em sigilo e todas estão sob proteção da polícia.
Conclusão do inquérito
A investigação deve ser concluída nesta semana. O Ministério Público, que acompanha os trabalhos da Polícia Civil, deverá denunciar à Justiça os três suspeitos por homicídio doloso: meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e fraude processual.
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