Investigador diz que Daniel estava vivo quando teve pênis decepado
Marcelo Brandt participou do inquérito policial e diz que segundo o que viu na cena do crime, é possível dizer que Daniel estava vivo quando foi 'emasculado'
Futebol|Caio Sandin, do R7
Marcelo Brandt, investigador que participou do inquérito policial sobre o assassinato de Daniel Corrêa Freitas, jogador de futebol que atuava no São Bento, emprestado pelo São Paulo, disse nesta quarta-feira (20), em depoimento na audiência de instrução do caso, que acredita que o atleta teve o pênis decepado antes de ser morto.
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Segundo Brandt, naquele 27 de outubro de 2018, Daniel foi "emasculado vivo [extirpação da genitália], pois o sangue foi projetado para longe do cadáver. Segurado de pé e emasculado na rua", para então ter seu pescoço cortado.
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O investigador se baseia no que pôde observar na cena do crime, já que o laudo da pericia feita pelo IML (Instituto Médico Legal) não foi capaz de concluir qual foi a ordem em que os fatos ocorreram, apenas atestando que ocorreram em momentou muito próximos.
"Concluímos que tinha uma poça grande de sangue e outra menor à frente. A poça grande foi onde teve a mutilação, a pressão arterial alta. Onde levou a facada, tinha menos sangue", disse Brandt, que ainda concluiu: "Para um homem que quer defender a honra de uma pessoa, qual seria a graça de capar com a pessoa morta? Não tem lógica".
O fato é de suma importância para o prosseguimento do julgamento, já que, se comprovado que o pênis foi decepado antes do assassinato do jogador, é possível concluir que houve tortura, o que ampliaria a pena aplicada aos envolvidos.
Interrogado pela polícia, Edison Brittes preferiu ficar em silêncio quando questionado sobre o fato. A pergunta deve ser respondida apenas com o réu em juízo, quando a audiência for retomada nos dias 1, 2 e 3 de abril para o colhimento dos depoimentos de testemunhas de defesa e dos próprios réus.
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