A partida que ficou marcada pelos atos de racismo contra Vini Jr, entre Valencia e Real Madrid, aconteceu no dia 21 de maio. Mas só nesta quinta-feira (3) o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea falou para primeira vez desde toda a confusão, em que ele, inclusive, expulsou o brasileiro de campo. Para a rádio espanhola Cadena SER, ele afirmou que fez o que podia, da melhor forma possível.
"Vinicius obviamente queria sair de campo e eu entendo. Disse a ele para confiar em mim, para não sair. Se isso acontecesse novamente, teríamos de voltar para o vestiário por dez, 15 minutos. Se acontecesse isso uma terceira vez, o jogo seria suspenso. Eu disse a ele que iria protegê-lo em tudo que pudesse. Ele confiou em mim e eu fiz o que pude da melhor maneira. Fiz o que pensei a cada momento", afirmou o juiz.
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No jogo pelo Campeonato Espanhol, torcedores do Valencia entoaram gritos de macaco no estádio Mestalla, o que gerou revolta em Vini Jr. Ele paralisou o jogo, cobrou a expulsão dos torcedores racistas do estádio. Na confusão que se criou por conta do ocorrido, o atacante acabou sendo expulso.
Bengoetxea também respondeu sobre a decisão de tirar Vini de campo e da suspensa do vermelho pelo Comitê de Competição da LaLiga, depois da repercusão do caso na mídia.
"Você vai me perdoar, mas eu tento fazer meu trabalho da melhor maneira possível, então tem algumas comissões que decidem e eu não quero julgar o trabalho delas. Me machucaria ser julgado e não seria justo fazê-lo com o comitê que sanciona."
De acordo com o árbitro, as escolhas dele em campo foram para cumprir o protocolo da Fifa no caso de racismo.
"Foi muito desagradável, esse tipo de comportamento é muito triste. A única coisa que eu queria era continuar o jogo e não dar importância àquele grupo de pessoas que estava proferindo os insultos. Demonstrei meu máximo apoio [ao Vinicius] e apliquei os protocolos de racismo. Fiz como deveria e o resultado foi o que foi, espero que algo assim não volte a acontecer."
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