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Daniel era um dos mais tímidos do futebol, diz jogador do São Bento

Companheiros descrevem meia, que teria sido morto por motivo passional, como atleta 'tranquilo e responsável'; cidade de Sorocaba lamentou episódio

Futebol|André Avelar, do R7, em Sorocaba

Daniel (à esq.) chegou ao clube em junho e fez dois jogos
Daniel (à esq.) chegou ao clube em junho e fez dois jogos Daniel (à esq.) chegou ao clube em junho e fez dois jogos

Da casa para o treino, do treino para a casa. Assim os jogadores e a diretoria do São Bento relatam a rotina do meia Daniel Corrêa, que teria sido morto vítima de motivo passional, no último fim de semana, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).

Daniel — revelado nas categorias de base do Cruzeiro e com passagens por Botafogo, São Paulo, Coritiba e Ponte Preta antes de chegar em junho ao São Bento — ainda buscava encontrar o seu espaço no clube da Série B do Campeonato Brasileiro. Com histórico de lesões, ele tentava recuperar a melhor forma física e se adaptar ao esquema do técnico Marquinhos Santos.

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Os companheiros de clube souberam da notícia ainda na manhã do sábado e logo compartilharam o acontecido no grupo de WhatsApp dos jogadores. Todos teriam ficado surpresos com a morte do jogador, encontrado em uma área rural, morto a facadas, com o pescoço praticamente degolado e a genitália cortada pelos assassinos.

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“Ele era o último jogador que a gente apostaria que iria acontecer um negócio desses. Ainda mais com esses detalhes de crueldade que estão saindo na imprensa”, disse o experiente lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, que jogou no Botafogo e no Internacional. “Talvez tenha sido um dos caras mais tímidos com quem eu vivi no mundo da bola.”

O Daniel era um atleta introvertido%2C quieto%2C tranquilo%2C responsável e que nunca deu problema

(Márcio Rogério Dias, presidente do São Bento)

Fora inclusive do banco de reservas para a partida em casa, contra o CRB, Daniel rompeu com a praxe e deixou a cidade ainda na sexta-feira rumo a Curitiba. O time jogou no sábado, com pelo menos dois jogadores que também não haviam sido relacionados nas tribunas do CIC (Centro de Integração Comunitário) Walter Ribeiro. Ao todo, ele entrou em duas partidas e não atuou mais que 35 minutos no total.

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O São Bento prometeu ajudar a família no traslado do corpo. O IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba já liberou o corpo para a família. O laudo pericial deve ficar pronto em até três meses. O velório será em Conselheiro Lafaiete, no interior de Minas Gerais.

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“Ele [Daniel] era um atleta introvertido, quieto, tranquilo, responsável e que nunca deu problema. O grupo gostava muito dele e, mesmo nesse pouco tempo que ficou por aqui, dá para ver que ele vai fazer muita falta”, disse o presidente Márcio Rogério Dias, que participou da contratação do jogador.

Repercussão na cidade

O pouco tempo que Daniel atuou em Sorocaba não permitiu que ele desenvolvesse uma relação tão próxima com o torcedor. O frentista Helenildo de Souza, de 32 anos, que trabalha em um posto de combustível ao lado do estádio municipal revela que ficou “mais chocado do que triste com a morte” do atleta.

Sorocaba lamentou episódio
Sorocaba lamentou episódio Sorocaba lamentou episódio

“Os jogadores passam por aqui, mas a gente não tem muito contato com ninguém, não. Ele mesmo eu lembro mais do São Paulo do que de quando jogou aqui no São Bento”, disse o frentista.

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Na Praça do Líder, a sede da torcida organizada Sangue Azul estava fechada. Por lá, o dono da banca de jornal João Amaro, de 58 anos, lamentou o acontecido.

“É uma pena que um jovem perca a vida assim por um motivo bobo. A gente nem sabe direito o que foi, mas ninguém precisa morrer assim”, disse.

O São Bento é o atual 12º colocado da Série B, com 43 pontos, oito a mais que o Juventude, primeiro time da zona de rebaixamento. O elenco teve folga na segunda e retorna aos trabalhos nesta terça. O próximo compromisso do time paulista é contra a Ponte Preta, na sexta-feira, no Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 34ª rodada. 

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