Caso Daniel: 2º dia de audiências é marcado por testemunhos de defesa
Nesta terça-feira (2), ao menos oito pessoas prestaram depoimento no Fórum de São José dos Pinhais (PR) em processo que apura o assassinato
Futebol|Cesar Sacheto, do R7, com informações da Record TV
A Justiça do Paraná retomou nesta terça-feira (2) os depoimentos do processo que investiga a morte do jogador Daniel Corrêa, ex-São Paulo, crime ocorrido em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), em outubro de 2018.
A audiência, prevista para ter início às 9h, começou com atraso no segundo dia de trabalhos, quando devem ser ouvidas testemunhas da defesa de Allana e Cristiana Brittes, além de um escrivão e investigadores de polícia.
Leia mais:Principal testemunha da morte de Daniel quer processar Edison Brittes
De acordo com o advogado Nilton Ribeiro, que representa os familiares de Daniel, seis pessoas chamadas pela defesa dos réus foram ouvidas no período da manhã. No entanto, nenhuma havia "trazido fatos relevantes e que pudessem evitar o julgamento dos réus pelo Tribunal do Júri", destacou o advogado ao R7. À tarde, foram tomados os depoimentos de dois peritos que também falam a pedido da defesa.
Denunciados
O empresário Edison Brittes, que confessou o assassinato à Polícia Civil, foi o primeiro a chegar, mas cobriu a cabeça para evitar que fosse feitas imagens — na última segunda, advogados fizeram uma parede na porta que dava acesso à sala de audiências para evitar a captação de imagens dos réus.
Além dele, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo homicídio do atleta, que atuava pelo São Bento, time de Sorocaba, no interior paulista: Igor King, David William, Eduardo da Silva (acusados de participação no crime) e Cristiana Brittes, que também teria contrubuído para a morte da vítima. Já Allana Brittes e Evellyn Perusso foram denunciadas por outros crimes.
Outro lado
A reportatem do R7 tentou entrar em contato com o advogado Cláudio Dalledone, que é responsável pela defesa da família Brittes, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Primeiro dia de audiência
No primeiro dia de depoimentos das testemunhas, 25 pessoas foram ouvidas, a maioria "testemunhas abonatórias", que normalmente podem ser utilizadas para traçar um perfil dos réus e mostrar bons antecedentes — o que poderia pesar no cálculo da sentença em caso de condenação.
O chefe de segurança da Shed Bar, casa noturna onde foi realizada a festa de aniversário de Allana Brittes, ressalto que as câmeras de monitoramento da casa flagraram a movimentação daquela noite e as imagens foram repassadas à Polícia Civil.
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O funcionário do estabelecimento comercial também contou em juízo que, naquele dia, Daniel havia bebido muito e que teria importunado uma moça na frente da casa noturna. Amigos da jovem teriam abordado Daniel e o corpo de seguranças da boate precisou intervir.
O dono de uma moto que pertence a Edison Brittes e havia sido apreendida pela Polícia Civil também foi ouvido pela juíza Luciani Regina Martins. O homem negou que tivesse mantido contato com o réu, disse que tinha repassado o veículo com uma concessionária e que o empresário havia adquirido a moto de um terceiro.
As mães de dois acusados pelo crime, Igor King e David Willian, também prestaram depoimento e pediram perdão pela morte do jogador.
Relembre fatos sobre o assassinato do jogador Daniel em 20 imagens: