Hellmann cita rivais para justificar início do Santos e diz entender desconfiança
Em três jogos do Peixão pelo Campeonato Paulista, o clube conquistou quatro pontos e apenas uma vitória
Campeonato Paulista|Do R7
A dificuldade vivida pelo Santos no início do Paulistão, principalmente na derrota para o Guarani e no empate com o São Bernardo, já era esperada pelo técnico Odair Hellmann, pois, como ele vem afirmando em suas coletivas de imprensa, o clube vive um momento de reconstrução. Ao pôr tal pensamento em uma avaliação mais ampla das primeiras semanas desta temporada, o treinador diz que sua equipe não pode ser condenada tão cedo, pois nem mesmo os rivais da capital paulista estão mostrando um futebol dos mais convincentes.
"A gente tem coisas positivas, tem coisas negativas. Eu pergunto: o Corinthians está tendo dificuldade? O São Paulo está tendo? O Palmeiras? Vários times estão tendo dificuldade, só que com trabalho do mesmo treinador, mesmos jogadores, agregando jogadores a um plantel que não está vivendo pressão há dois anos. Vamos evoluir, o encaixe coletivo tem um tempo para acontecer", disse. "Se nas outras equipes já gera dificuldade, imagine no Santos, que busca uma reconstrução para trazer resultado", completou.
A torcida santista já se mostra bastante preocupada com o que foi apresentado pelo time até agora, pois viu gols sofridos muito cedo em duas partidas seguidas e bastante dificuldade na articulação de jogadas ofensivas. Odair Hellmann entende a desconfiança, mas afirma que não pode deixar isso causar nenhum tipo de impacto no dia a dia do clube.
"O clube se reestruturou financeiramente não para ter dinheiro para aplicar milhões em contratações, mas para dar melhor estrutura aos profissionais que estão aqui. Qualquer oscilação no processo inicial gera uma desconfiança. Nós, aqui, não podemos deixar entrar essa desconfiança. Temos que trabalhar com o ano novo, novo trabalho, novo ciclo. Eu vou responder a partir desses três jogos. Quero que os jogadores tenham a consciência de responder a partir de agora também", afirmou.
O treinador também reforçou o pedido de paciência que já fez aos torcedores em outra ocasião. Ele disse que, mesmo com o período de pré-temporada iniciado no meio de dezembro, não é possível dar uma cara ao time sem testar as ideias em uma partida.
"É um trabalho de reconstrução mental, técnica e de resultado. As coisas não vão acontecer da noite para o dia. Eu não sou mágico, eu sou treinador de futebol. Estou tentando me adaptar às características do grupo o mais rápido possível, buscando aspectos que se encaixem coletivamente. Estamos atentos, mas teremos oscilação. Nós temos que fazer isso em uma disputa de Campeonato Paulista, de três em três dias, sem tempo para treinar. Eu treinei uma ideia na pré-temporada: quando não se encaixa direito, você busca uma modificação, mas não tem tempo para treinar", disse.
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