Depois de dois dias inteiros, a Copa do Mundo retorna terça-feira (10) com a abertura das semifinais. Mesmo com a menor tradição futebolística entre os quatro times que sobraram na Rússia 2018, os torcedores belgas confiam que podem vencer os irmãos franceses na multicultural São Petersburgo, a partir das 15 horas (de Brasília).
O vencedor do duelo enfrenta quem avançar de Croácia x Inglaterra, que se enfrentam nesta quarta, em Moscou. A final acontece no domingo.
No trem que vinha de Moscou para São Petersburgo, talvez os dois únicos torcedores que desembarcaram se mostravam confiantes não apenas na vitória, mas como também no inédito título mundial. A razão para tamanha confiança tem nome e sobrenome: Romelu Lukaku.
“Lukaku é o melhor atacante desta Copa do Mundo. Ele é melhor que o de vocês [Gabriel Jesus], melhor que Giroud, Harry Kane e quem vier pela frente”, disse Dennis Verduere. “Acredito que é possível ser campeão pela primeira vez. Temos time para isso e vamos vencer os franceses que são como nossos irmãos”, completou Sijs Goossens.
O dia amanheceu cinzento e com uma garoa fina em São Petersburgo, exageradamente conhecida como "A Veneza do Leste Europeu" por seus canais navegaveis que cortam a segunda maior cidade da Rússia (com aproximdamente 4,8 milhões de habitantes). Nem isso deve tirar o ânimo dos torcedores que não figuram no top-10 divulgado pela Fifa dos que mais procuraram ingressos para o Mundial. Os dois países ainda mantém relações bastante cordiais e, um dos idiomas oficiais da Bélgica, é o francês.
Lukaku nasceu na Bélgica, mas sua família é do Congo. Aos 15 anos, quando jogava nas categorias de base do Anderlecht foi sondado por inúmeros clubes franceses, justamente os adversários de hoje. Receosos em perde o centroavante de físico já muito avantajado em relação aos demais, Lukaku foi enviado para uma espécie de “programa de talentos” da confederação belga.
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O programa deu tão certo que revelou não apenas Lukaku - vice-artilheiro da Copa com quatro gols, dois a menos que Kane - Kompany, Mertens, Fellaini, entre outros que hoje integram a base da seleção belga.
Essa é só a segunda vez que a Bélgica se classifica às semifinais da Copa do Mundo. No México 1986, perdeu para a Argentina. A França, já mais acostumada, alcançou essa fase da competição em seis oportunidades.