Roger enfrentou o problema que travava o Palmeiras. Lucas Lima

Roger decidiu enfrentar de vez o grande problema que travava o Palmeiras.

E comprometia o time.

A ponto de ameaçar seu cargo. 

Lucas Lima.

O dono do maior salário do futebol brasileiro hoje é reserva.

De vez.

Com a autorização de Mauricio Galiotte e Alexandre Mattos.

A maior contratação de 2018 já se mostrou improdutiva.

Dispersa, burocrata, omissa.

E sem direito à polêmica. Porque o treinador já o colocou na frente, ao lado dos atacantes. Mais atrás, pelo meio. Aberto na esquerda. O recuou quase como um segundo volante. E o resultado segue péssimo.

As estatísticas não deixam margem para discussões. Em 31 partidas só conseguiu marcar dois gols. E das oito assistências, seis delas pelo fraquíssimo Campeonato Paulista, foi lá que marcou uma vez. A outra foi na Libertadores. No Brasileiro e na Copa do Brasil ainda não marcou.

A produtividade do Palmeiras despenca quando está em campo. É pior do que a equipe atuar com um a menos. Porque ele costuma prender a bola, desperdiçar chances de contragolpes mortais com desnecessários toques para o lado.

Roger Machado estava seriamente ameaçado antes das partidas contra São Paulo e Grêmio. O comportamento da equipe estava constrangedor. Time lento, sem criatividade, medroso, burocrático. O treinador se cansou e decidiu tirar de vez o meia que foi contratado a peso de ouro.

A entrada de Moisés trouxe equilíbrio, vibração, força na marcação e contragolpes verticais, objetivos. O meio de campo ficou forte, intenso, competitivo. Acabou a farra adversária nas intermediárias. Com isso, a roubada de bola se tornou letal para os times de Diego Aguirre e Renato Gaúcho. 

Outro coadjuvante do milionário elenco palmeirense também está sendo fundamental para esta retomada. Hyoran. O jovem meia não tem se escondido do jogo. Muito pelo contrário. Com personalidade que era esperada de Lucas Lima, ele tem enfrentado volantes, descoberto espaço para os velozes atacantes palmeirenses. Principalmente o mais objetivo deles, Willian.

É impossível não notar o crescimento do futebol de Willian com Moisés e Hyoran no time.

A situação de Lucas Lima tem tudo para piorar. 

A ligação entre Palmeiras e Gustavo Scarpa continua forte. O clube acompanha muito de perto a sua longa briga na justiça para tentar se livrar do Fluminense. A novidade no Palestra Itália é que a equipe carioca está cansando. Percebendo o quanto é improdutiva essa questão. Seus dirigentes já estudam uma solução. 

Desde que o Palmeiras aceite pagar ou ceder jogadores para a liberação definitiva do meia. Scarpa segue comparecendo às audiências trabalhistas e jogando futebol de salão em Hortolândia, para manter a forma. O jogador abrir mão da cobrança da dívida de R$ 9 milhões do clube carioca já é considerado um passo obrigatório.

Independente de todas essas situações, o que assusta é a postura passiva de Lucas Lima. O meia segue sem reagir. Mesmo tendo perdido a posição de titular do Palmeiras. O jogador que sonhava em atuar em grandes equipes da Europa, recusando propostas de clubes médios de Portugal, Itália e de equipes chinesas, segue omisso. 

Já perdeu também o sonho de disputar a Copa do Mundo.

Ele assinou contrato com o Palmeiras por cinco anos.

Seus salários começaram com R$ 600 mil em 2018. Aumentam R$ 50 mil por ano. Mais R$ 15 milhões de luvas divididas nos 60 meses de contrato. E ganha R$ 15 mil cada vez que entra no gramado com a camisa do Palmeiras. Mesmo que saia do banco de reservas. Fora bichos por vitórias e empates.

Fora R$ 5 milhões que o Palmeiras pagou em comissões. R$ 4 milhões ao pai de Neymar.

Seu contrato chega a R$ 62 milhões aos cofres verdes.

Enquanto o Palmeiras festeja a excelente vitória diante do Grêmio, poucos notaram. Lucas Lima entrou aos 37 minutos do segundo tempo, no lugar de Bruno Henrique. Teve oito minutos em campo. Não fez absolutamente nada. A não ser gastar o um minuto até pisar no gramado. E garantir mais R$ 15 mil na sua conta. Fora o bicho pela vitória.

Finalmente Roger Machado acordou.

Lucas Lima tem sido um peso morto.

E não reage.

Mesmo vaiado, xingado por decepcionados palmeirenses.

Sua multa rescisória é de R$ 77,5 milhões.

Só no meio de 2019 cairá para R$ 31 milhões.

Tudo indica que o meia ficará muito tempo no Palestra Itália.

Talvez nem na China recebesse tanto dinheiro por jogar tão pouco.

Os coadjuvantes Moisés e Hyoran merecem o lugar da estrela...