Quase sósias de craques do passado atacam Brasil
Valderrama e Maradona genéricos criam caso com seleção, mas divertem público no Maracanã
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
Os dois são artistas de rua, divertem o público no Maracanã, são quase sósias de craques de Copas do Mundo passadas e agora decidiram atacar o Brasil. Valderrama e Maradona genéricos diminuem o já fraco futebol praticado pelos pentacampeões mundiais e ainda acusam a seleção de favorecimento da arbitragem.
Desde as primeiras horas da manhã, o chileno de mulher colombiana Carlos Escobar, do Circo Guanabana, começa a fazer sua embaixadinhas em frente à estátua do Bellini, no portão principal do Maracanã. Antonio El Pibe Chocoramo, uma espécie de sósia do lendário Carlos Valderrama, lamenta a eliminação do seu país nas oitavas de final e agora só espera que os colombianos eliminem os brasileiros.
— O Chile era muito melhor que o Brasil. Tinha que ter vencido. Era para ter atropelado. Esse Brasil só tem o Neymar. Agora vai se ver com James Rodriguez. Estou confiante. Acho que dá para chegar na final.
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Já Daniel Gonzalez, que de Maradona só tem a peruca e o clássico uniforme de 1986, ainda não esqueceu o duvidoso pênalti de Fred na estreia contra a Croácia. Entre uma foto e outra com uma réplica do troféu da Copa do Mundo, o artista deixa claro o quanto não gosta da seleção brasileira. O artista, que deixou o bico de estátua viva em La Bombonera, em Buenos Aires, para faturar com a Copa, também não se convenceu de que o camisa 9 brasileiro não estava impedido contra Camarões.
— Não foi pênalti no Fred e ele estava impedido contra Camarões. Vocês da imprensa brasileira ficam defendendo a seleção de vocês, mas já está tudo armado para o Brasil ganhar.
Incrivelmente, o artista acusa os erros de arbitragem em favor do Brasil, mas resume o histórico gol de mão de Maradona, nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, como seu ídolo.
— Aquilo foi obra de La Mano de Dios.
Apesar de dividirem a atenção dos turistas que passeiam ao redor do palco da final da Copa do Mundo, os dois dizem que o clima é de amizade e adoram debater uma possível eliminação da seleção brasileira.
O Brasil enfrenta a Colômbia na sexta-feira (4), no Castelão, em Fortaleza (CE), por uma vaga na semifinal da Copa do Mundo. Antes disso, nesta terça-feira (1º), a Argentina encara a Suíça, no Itaquerão, em São Paulo (SP).