Fifa ignora recomendação do MP-RJ e vende bebida alcoólica no Maracanã
Torcedores voltaram a brigar no estádio na partida entre França e Alemanha
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
A Fifa não deu lá muita importância para a recomendação do Ministério Público do Rio de Janeiro. Um dia depois de o órgão recomendar a suspensão da venda de bebidas alcoólicas no Maracanã, torcedores compraram cerveja livremente na vitória da Alemanha sobre a França, na última sexta-feira (4), pelas quartas de final da Copa do Mundo.
Anteriormente a federação internacional explicava que não havia recebido considerações das forças de segurança do governo brasileiro para mudar o procedimento. Desta vez, a entidade se limitou a dizer que não entende necessária a restrição. Diante das rivalidades acirradas e de sucessivas brigas no estádio, o COL (Comitê Organizador Local) garante que o planejamento integrado com as forças de segurança é analisado de acordo com cada partida e ainda não recebeu um apontamento legal sobre o que medida deve ser tomada.
Apesar do alto nível do futebol praticado em campo, alguns brigões preferiram o confronto com a Polícia Militar em pleno estádio. Cinco franceses, um deles ferido na cabeça, foram detidos com o primeiro tempo ainda em andamento. Um torcedor do Flamengo e outro do Fluminense também saíram no tapa nas arquibancadas.
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O Ministério Público expediu um documento aos responsáveis pela venda de bebida alcoólica nos estádios recomendando (medida extrajudicial que tem como objetivo resolver problemas que afetem direitos coletivos sem a necessidade de propositura de ação na Justiça, segundo o próprio órgão) a proibição. O não cumprimento pode gerar uma ação civil pública.
Como medida de segurança e também estratégia de marketing, a cerveja nos estádios da Copa do Mundo é vendida em copos plásticos colecionáveis – não raro torcedores vão embora para casa com pilhas e mais pilhas desses copos. O valor por 473 mL de cerveja é de R$ 10.
Policiamento
Desde a invasão de mais de 150 torcedores chilenos, ainda na primeira semana de Copa do Mundo, o policiamento tem sido reforçado desde o entorno até o estádio propriamente dito. Torcedores, profissionais que trabalham no Maracanã e moradores das redondezas são até três vezes revistados. Bolsas e mochilas são abertas e não é possível passar sem ingresso ou credencial.