Fifa ainda estuda reforço da segurança no Maracanã. Uso do Exército não foi descartado pelo governo
Palco da final da Copa do Mundo sofreu com duas invasões de torcedores em dois jogos até aqui
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
Um dia depois da segunda invasão consecutiva de torcedores sem ingressos ao Maracanã, a manhã desta quinta-feira (19) foi voltada para explicações vagas sobre as ações a serem feitas para as próximas partidas. Membros da Fifa, do Comitê Organizador Local (COL), da segurança privada e da segurança pública estiveram no estádio, mas não quiseram apontar os culpados ou mesmo os pontos falhos da segurança. O uso das Forças Armadas não foi descartado pelo governo.
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Secretário extraordinário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Passos Rodrigues fez questão de informar que reuniões operacionais já estão programadas e o Exército está à disposição para ajudar na segurança no entorno do estádio. Hoje eles já trabalham
— Todos os jogos sofrem esse processo de avaliação para ver se está adequado e ver a preparação para o dia seguinte. Isso é uma rotina da segurança pública e isso que vai acontecer no Rio de Janeiro. Seguramente, nossas áreas operacionais já estão trabalhando nesse sentido. As Forças Armadas fazem parte do projeto de segurança e serão levadas à pauta caso seja necessário. É mais uma força que está à disposição aqui no Rio de Janeiro.
Minutos antes do jogo da última quarta, chilenos sem ingressos forçaram a entrada por um portão que dá acesso à sala de imprensa do Maracanã. Os torcedores quebraram uma porta de vidro, reviraram mesas e televisores e tentaram chegar até a arquibancada. A Polícia Federal informou que os 87 invasores detidos têm 72 horas para deixar o Brasil. Antes disso, no último domingo (15), cerca de 30 torcedores argentinos já haviam sido flagrados forçando a entrada por um portão no Setor D do estádio e também tentaram chegar às arquibancadas.
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Hoje o Exército deslocado para o contingente do Mundial acompanha as viagens das seleções, os treinos das equipes, o trajeto de autoridades e, claro, está nas fronteiras do País. De acordo com o Plano de Segurança para a Copa do Mundo, as Forças Armadas atuam também no controle de manifestações.
Para o gerente-geral da segurança do COL, a segurança do público no estádio é uma questão fundamental. Hilário Medeiros garantiu que novos episódios de invasão de torcedores não serão vistos no Maracanã.
— Estamos trabalhando no sentido de garantir a integridade total do estádio do Maracanã. As medidas devem ser tomadas em cima de uma análise de risco. Todos, com uma análise técnica, vão trabalhar para definir uma ação conjunta. Estamos garantindo aos senhores uma integridade total do estádio. Podem nos cobrar isso. Não estamos discutindo questões de estrutura. Estamos discutindo procedimentos operacionais e certamente vocês terão novidades sobre isso.
Além de Argentina e Bósnia e Espanha e Chile, o Maracanã ainda receberá outros cinco jogos: Bélgica e Rússia (22/6), Equador e França (25/6), oitavas de final (28/6), quartas de final (4/7) e a grande final (13/7).