Governo define plano aéreo para a Copa das Confederações
Eventos-teste serão realizados nas próximas semanas nas seis sedes
Copa das Confederações 2013|Do Portal da Copa

Como preparação final do setor aéreo para a Copa das Confederações, a Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias) anunciou a realização de uma série de exercícios de simulação nos aeroportos das cidades-sede do torneio. A ação é uma das medidas que integram o Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil para a competição.
Lançado nesta quinta-feira (18), em Brasília, o planejamento do governo federal também inclui a criação do Centro de Comando e Controle Nacional, que funcionará 24 horas por dia e terá a missão de coordenar e acompanhar as ações do setor para os grandes eventos que serão realizados no Brasil.
— Nós temos um plano geral, que cuida do espaço aéreo, das vagas para aeronaves, do funcionamento dos aeroportos por intermédio das empresas aéreas. E a Infraero faz um plano de contingência, por aeroporto, que está sendo entrosado aos planos dos governos estaduais e municipais para que toda essa operação, que tem como objetivo garantir segurança e qualidade ao usuário, possa obter resultados positivos nesse período - disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.
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O plano define procedimentos para recepcionar os diferentes públicos que vão passar pelos aeroportos brasileiros durante a Copa das Confederações, como Chefes de Estado, delegações e seleções de futebol, comissão de arbitragem e espectadores.
O manual foi desenvolvido a partir dos dados coletados sobre a venda de ingressos para os jogos da competição, que será realizada entre 15 e 30 de junho. Com essas informações, a Conaero mapeou a capacidade dos aeroportos das cidades-sede, dividindo a avaliação em três pontos: pista de pouso e decolagem, pátio de aeronaves e terminal de passageiros.
O passo seguinte foi selecionar uma rede de 33 aeroportos e oito bases aéreas e dividi-los conforme a organização para receber voos VIP, internacionais, domésticos e de aviação geral. Na rede, há aeroportos de destino, alternativos e acessórios. Os principais são os aeroportos das cidades-sede: Juscelino Kubitschek, em Brasília; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Confins, em Belo Horizonte; Pinto Martins, em Fortaleza; Guararapes, em Recife; e Deputado Luís Magalhães, em Salvador.
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Em todos os aeroportos envolvidos com o evento será feita uma simulação para recepção de delegações e convidados VIPS. O objetivo dos exercícios é replicar todas as etapas do processamento aeroportuário desse público, para que as equipes possam observar os procedimentos específicos que serão aplicados durante a Copa das Confederações. O primeiro simulado será realizado em Belo Horizonte (MG), entre os dias 22 e 25 de abril. No dia 24, será realizado um amistoso entre a seleção brasileira de futebol e o Chile, que também servirá como evento-teste oficial para o estádio Mineirão.
No dia 6 de maio, o exercício será realizado em Brasília. Também em maio, a simulação será realizada no Rio de Janeiro, dia 7; Salvador, dia 14; Fortaleza, dia 20; e Recife, dia 21. Por fim, o simulado ocorrerá em São Paulo, no dia 28 de maio, já que os aeroportos de Guarulhos e Congonhas também fazem parte da rede selecionada para atender à demanda da Copa das Confederações.
A maior demanda ocorrerá nos aeroportos do Rio de Janeiro, que devem receber cerca de 47 mil passageiros para a final da competição, no dia 30 de junho. Durante o evento, os órgãos públicos que atuam nos aeroportos, como Polícia Federal, Anvisa, Receita Federal e Anac , vão reforçar suas equipes de trabalho em uma média de 77%.
No total, mais 1.723 servidores trabalharão na rede aeroportuária durante o torneio. Além disso, 1.153 posições de estacionamento para aeronaves serão disponibilizadas na rede, o que significa um aumento de 140% em relação ao número atual.
— Temos a convicção de que toda a nossa comunidade aeroportuária estará devidamente pronta, treinada e com regras claras de funcionamento durante esse evento para atender os passageiros e todos os lados do nosso sistema de aeroportos do Brasil - disse o secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho.
Coordenação e segurança
Durante o período de 12 de junho a 3 de julho de 2013, o Centro de Comando e Controle Nacional funcionará 24 horas por dia nas instalações do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro. O centro vai integrar todos os órgãos prestadores de serviços públicos nos aeroportos, as companhias aéreas e os operadores aeroportuários.
A partir das informações em tempo real disponibilizadas pelos CGAs (Centros de Gerenciamento Aeroportuário) que funcionam nos principais aeroportos brasileiros, o centro terá a missão de acompanhar todas as operações aeroportuárias, desde a entrada no espaço aéreo até o tratamento dos passageiros.
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Para controlar o espaço aéreo do país, a Força Aérea Brasileira criou áreas de exclusão com tamanhos e acessos de níveis diferentes que terão vigência no período compreendido entre uma hora antes e quatro horas depois do início das partidas oficiais da Copa das Confederações. As áreas de exclusão são divididas em três níveis: reservada, restrita ou proibida.
Teste para a Copa do Mundo
Durante a divulgação do plano do setor aéreo para a Copa das Confederações, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, destacou que o evento também servirá como treinamento para a Copa do Mundo de 2014.
— A Copa das Confederações tem esse objetivo (de servir como teste). A Fifa a organiza para isso. Nós estamos usando a mesma metodologia e nos preparando para garantir que não haja surpresas - disse Franco.
Segundo o ministro, o principal foco do trabalho feito pelo governo no setor aeroportuário são os passageiros.
— Toda essa política nova é um esforço para melhorar não só a qualidade desses eventos, mas, sobretudo para atender ao usuário brasileiro. Ele compra sua passagem, paga a tarifa para uso do aeroporto, e é fundamental que ele seja tratado como cliente. Ele é a razão primeira e última do funcionamento da Infraero, das concessionárias, das companhias aéreas, de todo o sistema, que tem por obrigação garantir a esse cliente tratamento como cliente, para que ele possa obter preço, segurança e qualidade de serviço.