O Real provoca o "adieu" do PSG, e o Liverpool dorme diante do Porto
Nesta quarta, dia 7, mais dois ingleses podem se qualificar à quartas, o Tottenham contra a Juventus e o Manchester City contra o Basel
Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti
Sem sobressaltos e sem complicações, o Real Madrid e o Liverpool se formalizaram nesta terça-feira, 6 de Março, como os primeiros classificados às quartas-de-final da Champions League de 2017/18. Os “Merengues” porque, depois dos 3 X 1 no seu Santiago Bernabéu, bateram os “Parisiéns” por 2 X 1, na casa do inimigo. E os “Reds” porque, talvez anestesiados pelo impacto dos 5 X 0 no Porto, se contentaram com o 0 X 0 em seus domínios. A competição, agora, acumula 576 tentos em 200 prélios, média de 2,8. E já abrigou um público ótimo, de quase 8,10 milhões, a média de 40.050 pagantes.
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Os jogos da terça:
PSG (FRA) 1 X 2 REAL MADRID (ESP)
Parc des Princes, Paris, 48.197 presentes
Tentos de: Cavani X Cristiano Ronaldo e Casemiro
Na ida: Real Madrid 3 X 1 PSG
Embora lhes bastasse preservar o resultado original para que prosseguissem na CL, os “Merengues” não adotaram a retranca como estratégia no seu combate de retorno em Paris. De sete jogos anteriores carregavam uma vantagem de três vitórias a duas. E o seu treinador, Zizou Zidane, preservou o seu sistema de alas bem abertos e ofensivos, Lucas Vásquez e Asensio. Restava saber como se portaria o elenco de Unay Amary sem o seu lesionado Neymar, um astro direta ou indiretamente responsável pelos 15 tentos, de um total de 25, que o PSG realizou dentro de casa na fase de grupos.
O platino Di Maria substituiu o brasileiro. Meia bastante habilidoso porém, menos incisivo. Apareceu bem pouco, antes do intervalo, exclusivamente quando lhe cabiam as cobranças eventuais de infração. Enquanto o Real tocava a bola, levava perigo até com o zagueiro Sérgio Ramos, o PSG vivia do sonho barulhento dos seus torcedores e da expectativa de fazer dois tentos em 45’. Um mero sonho. Aos 51’, pedante, na linha divisória do gramado, Daniel Alves entregou uma pelota dominadíssima e, na contra-ofensiva em velocidade, precisamente Asensio e Vásquez trocaram passes curtos e, no cruzamento alto a bola caiu na testa do artilheiro Cristiano Ronaldo, agora oito gols em todas as suas oito aparições nesta edição da CL.
Houve quem recordasse que, em 1993, nas quartas-de-final da então Copa Uefa, a mãe da atual Liga Europa, em nove minutos o PSG saiu de 0 X 1 para 3 X 1 e, depois de uma prorrogação e de 4 X 1, despediu o mesmo Real da contenda. Só que, aos 66’, tolamente, Verrati acertou um rival pelas costas, debochou da decisão do Felix Brych, o sólido árbitro alemão, e recebeu um segundo cartão amarelo no mesmo momento. Vermelho. Expulso. Estoicamente, aos 72’, na sobra de um bate-rebate na área dos ibéricos, o uruguaio Cavani, de joelho, cravou 1 X 1. No entanto, ao invés de se assustar, o Real se inflamou. Daí, aos 80’, consequência de uma bobagem de Rabiot, o autor do but dos gauleses em Madrid, Casemiro determinou, 2 X 1.
Certamente, na sua mansão de Mangaratiba/RJ, desalento de Neymar, em princípio de tratamento. Desalento dos fãs do PSG, que estimularam os seus atletas mesmo com o placar infausto. Fundamentalmente, porém, desalento para o proprietário do clube, o magnata catariano Nasser Al-Khelaifi, condenado à tristeza do desperdício de uma temporada que lhe custou uma megafortuna. Ou, até que se desenrole a próxima CL.
LIVERPOOL (ING) X PORTO (PORTUGAL)
Anfield Road Stadium, 53.072 presentes
Na ida: Porto 0 X 5 Liverpool
Certa de 2.000 fanáticos suplantaram os quase 2.200km que separam a Cidade do Porto de Liverpool. Fanáticos e visionários à espera de um milagre sêxtuplo, um sucesso estratosférico dos “Dragões” de Sérgio Conceição sobre os “Reds” de Juergen Klopp. É, convenhamos, apenas uma explosão vulcanica, apenas um placar de 6 X 0, em visita, classificaria os lusitanos. Que, aliás, em três jogos anteriores, somavam duas derrotas e um empate.
Apesar de apresentar o ataque mais portentoso da CL, 28 tentos em toda a competição, antes do intervalo o elenco de Klopp não se dignou a desfazer o 0 X 0 do placar. Na verdade, melancólico, à parte alguns lampejos de Mané, o cotejo deu sono, zzzzzzzzzzz, até terminar em nada, conforme principiou.
Os jogos da quarta:
TOTTENHAM (ING) X JUVENTUS (ITA)
Wembley Stadium, Londres, 90.000 lugares
Na ida: Juventus 2 X 2 Tottenham
Tentos: Higuaín/2 X Kane e Eriksen
Um único duelo na história, o da ida em Turim. A “Velha Senhora” anotou os seus dois tentos antes dos 10’. Então, inexplicavelmente, ao invés de consolidar a sua folga, fraquejou. Higuaín, inclusive, bateu um pênalti na trave. Os “Galos” de Sua Majestade se classificam até com o placar de 1 X 1. E a “Zebra”, embalada pelo seu precioso sábado no Calcio, quando suplantou a Lazio, em Roma, ainda não terá os contundidos Higuaín e Cuadrado.
MANCHESTER CITY (ING) X BASEL (SUI)
Etihad Stadium, 55.097 lugares
Na ida: Basel 0 X 4 Manchester City
Tentos: Gundogan/2, Bernardo Silva e Aguero
Um único duelo na história, na ida em Basiléia. Com três tentos antes dos 25’ os “Citizens” desnortearam os rivais, que fantasiavam o seu desembarque glorioso numa fase posterior da competição. Agora, claro, impossível.
Nas oitavas, no caso de uma igualdade em pontos, valem o dobro os tentos anotados no campo do inimigo. Daí, no caso de persistir o empate, o regulamento prevê o drama de uma prorrogação e/ou da loteria dos penais. Ainda haverá pelejas na próxima semana, dia 13 e dia 14. Daí, definidos os sobreviventes, na sexta 16 a UEFA realizará, na sua sede de Nyon, na Suíça, o sorteio dos adversários da fase seguinte, ainda mata-matas, quartas-de-final.
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