Uma demissão mais do que anunciada

O técnico Dorival Junior até que durou muito.

Depois da derrota para o Palmeiras, ele não é mais o treinador do São Paulo.

Pra quem viu o jogo, o tricolor levou um baile do Palmeiras no primeiro tempo.

Tanto é que, no desespero, Dorival fez as três alterações no intervalo, algo raro no futebol brasileiro.

Demonstrou com essa atitude, que não tem convicção no time que escala para os jogos. Estava totalmente perdido, tentando achar uma saída.

Pesou muito contra ele o fato do São Paulo ter perdido todos os clássicos até aqui no paulistão.

Mas as críticas e o descontentamento com o trabalho do treinador vem desde o ano passado.

Mesmo com ele salvando o clube do rebaixamento, Dorival nunca foi unanimidade. Nem mesmo entre os dirigentes.

Acredito que o Hernanes teve uma contribuição decisiva nessa pemanência na série A.

Mas, tudo bem, podemos botar na conta do técnico também.

Dorival reclama que esse ano lhe empurraram algumas contratações que ele não tinha pedido, como é o caso do Nenê e do Tréllez.

Mas a verdade é que o time não vem jogando bem há muito tempo.

Ele assumiu em julho de 2017, no lugar do Rogério Ceni. No total foram 40 jogos, com 17 vitórias, 11 empates e 12 derrotas.

Dessas 12 derrotas sofridas, 5 aconteceram só nesse campeonato paulista. Muita coisa para um elenco que, se não é um dos melhores do Brasil, está na média dos outros clubes.

André Jardine, treinador da equipe sub-20, assume o cargo interinamente.

O ambiente político conturbado dentro do clube também contribuiu para essa instabilidade.

Nenhum treinador são-paulino tem tido tranquilidade para trabalhar.

Por isso não dá pra dizer que a culpa é só do Dorival.

E ainda tem gente pensando em trazer o Luxemburgo...

Aí é que a coisa vai desandar de vez.

Sinceramente, acho que o São paulo vai brigar pra não cair mais uma vez esse ano.

Até a próxima.