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Lucas Pereira - Blogs

Nem esse tal de VAR salva a arbitragem

Erros dos juízes são o destaque negativo dos jogos desse fim de semana no brasileirão

Lucas Pereira|Do R7

Árbitro Anderson Daronco
Árbitro Anderson Daronco

Muita gente achava, inclusive eu, que os erros dos árbitros seriam minimizados, depois do uso da tecnologia para dirimir as dúvidas.

Infelizmente não é isso que vem acontecendo.

Mesmo vendo os lances polêmicos várias vezes em um monitor, os juízes tem visto "pelo em ovo" e cometendo erros.

E não adianta colocar a culpa no VAR.


Já tem até jogador comemorando gol com o gesto "esse o VAR não vai anular".

Foi o que aconteceu com o Lindoso, jogador do Inter, depois da vitória por um a zero contra a Chapecoense.


Ele fez o único gol que valeu, depois de outros dois anulados pelo árbitro de vídeo.

No primeiro, o VAR viu impedimento de Wellington Silva. Um lance muito difícil. Sinceramente, eu achei que o atacante colorado estava na mesma linha.


No segundo gol, Neilton balançou as redes, mas outra vez o VAR entrou em ação pra anular o gol, vendo falta do Edenilson, no início da jogada.

Uma marcação bizarra. Não houve falta nenhuma no lance.

O mais curioso é ver o árbitro Diego Pombo Lopez olhando o monitor e invalidando um gol legítimo.

Acho que ele ficou sem graça de confirmar que foi gol porque foi chamado pelo pessoal que estava vendo o replay da jogada.

Na minha opinião, o pessoal encarregado do árbitro de vídeo também erra. É uma questão de interpretação.

Falta personalidade aos juízes para discordar das supostas irregularidades.

Na partida em que o Vasco empatou com o Athletico Paranaense, o árbitro Anderson Daronco, mesmo consultando o vídeo, errou ao dar pênalti para o Vasco.

Nas redes sociais, o clube paranaense chegou a brincar com a situação, com a mensagem que o "gol foi do DAR', numa alusão ao nome do juiz.

Depois, a reclamação foi dos vascaínos, que não viram pisão no goleiro Santos, no momento do gol da virada.

Sinceramente, é um lance difícil, mas eu não marcaria falta.

Ainda teve um pênalti para o Vasco em cima do Leandro Castan que ele não deu. Ou seja, errou para os dois lados.

Quem também errou contra os dois times foi Dewson Fernando Freitas, na partida entre Corinthians e Bahia.

Primeiro no lance em que Ralf fez pênalti em cima do atacante Élber, do Bahia.

Mesmo chamado para rever o lance, ele manteve a decisão de não apitar pênalti. Pra mim, de forma equivocada.

Depois, ele deu um pênalti inexistente pro Bahia, em um lance dentro da área em que não dá pra dizer que o VAR pode interferir.

É um lance de interpretação. Ninguém pode chamar o árbitro pra rever uma jogada que divide opiniões.

O próprio técnico do Bahia, Roger Machado, confessou que o juiz acabou errando para os dois lados.

Essa discussão ainda vai longe.

Obviamente, não podemos afirmar que o VAR está atrapalhando.

Muito pelo contrário.

Em lances de impedimento, por exemplo, o vídeo tem sido fundamental e vem diminuindo as injustiças no futebol.

Mas algumas coisas devem ser revistas.

Mais da metade dos clubes da primeira divisão já se manifestaram, pedindo para que ajustes sejam feitos.

Eles pedem, por exemplo, que apenas os lances em que aconteça um erro claro, sejam revisados.

O problema é definir o conceito de "erro claro".

Não há duvida de que, na maioria dos casos, a tecnologia ajuda sim, e veio pra ficar.

Mas, como é uma coisa relativamente nova, pelo menos por aqui, mudanças e ajustes são bem-vindos.

Até a próxima.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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