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Lucas Pereira - Blogs

Cuca é mais uma vítima do futebol de resultados

Pressionado e desanimado com o aproveitamento ruim do São Paulo, treinador pede demissão

Lucas Pereira|Do R7

Ele sai do clube com 47,4% de aproveitamento, em 26 jogos: nove vitórias, dez empates e sete derrotas.
Ele sai do clube com 47,4% de aproveitamento, em 26 jogos: nove vitórias, dez empates e sete derrotas.

Mais uma dança das cadeiras no campeonato brasileiro.

Cuca pediu pra sair e não é mais o técnico do São Paulo.

Ele não suportou os últimos resultados, muito abaixo da expectativa.

Com a derrota para o Goiás, o time só conseguiu ganhar 5 dos últimos 18 pontos disputados.


Conquistou apenas uma vitória nas últimas seis partidas.

Difícil imaginar que o Cuca, com um time desses, teria um rendimento tão fraco.


Mas, todos concordam que ele é atualmente um dos melhores treinadores do nosso futebol.

Difícil vislumbrar um nome que esteja a altura de substitui-lo.


Por falta de opções, o interino Vagner Mancini deve ficar até o final do ano.

Mas, então, por que não deu certo?

Tinha tudo para ser um sucesso.

O elenco é muito forte e equilibrado em todos os setores.

Podemos dizer que se trata de um dos melhores do Brasil.

O ambiente parecia tranquilo. Pelo menos dentro das quatro linhas.

Mesmo assim, ele não foi capaz de tirar o melhor de cada jogador.

De qualquer maneira, se eu fosse torcedor do São Paulo, continuaria acreditando.

Quem sabe é apenas uma fase ruim e que pode melhorar com o tempo de trabalho?

Um treinador como o Cuca, merece todo o crédito, tempo e paciência para que o time possa render mais.

O problema é esse.

Num clube conturbado politicamente como o São Paulo, não existe paciência, nem tempo para os resultados aparecerem.

Basta ver a lista de treinadores que passaram pelo clube desde o começo de 2018: Dorival Junior, Diego Aguirre, Andre Jardine e o próprio Vagner Mancini, que reassume o time.

A pressão de alguns grupos de torcedores, também pesou para o desejo do Cuca de sair.

A chance dos mais exaltados partirem para a violência, contra o próprio treinador, estava aumentando cada vez mais.

Pessoas violentas que adoram fazer protestos na porta do CT, podiam muito bem esquecer que ele acabou de fzer uma cirurgia no coração.

Não pode, nem merece passar por pressão violenta de qualquer tipo.

Na derrota para o Goiás, o clima tenso entre os dirigentes e torcedores aumentou.

Ninguém falava em demissão abertamente, pelo contrário.

Mas estava na cara que ele não ia demorar a ser demitido.

Sem antes ser ameaçado e coagido.

Pressionado e desanimado com a falta de progresso no trabalho realizado, ele resolveu sair.

Uma pena para o São Paulo.

Ele precisava ter mais tranquilidade para desenvolver um trabalho de longo prazo.

Quem sabe pra ganhar tudo no ano que vem.

Mas em clube grande do futebol brasileiro, isso não é possível.

Infelizmente.

Até a próxima.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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