A vitória das retrancas ou incompetência dos ataques?
Santos e Fluminense esbarram nas defesas bem armadas e decepcionam na Sul-Americana
Lucas Pereira|Do R7 e Lucas Pereira
Santos e Fluminense empataram em casa pela Copa Sul-Americana em uma noite pra ser esquecida.
Principalmente para os santistas, que foram eliminados pelo River Plate genérico.
Sim, o River uruguaio, que entrou na disputa com o Santos só pra cumprir tabela, tamanho o favoritismo do adversário, conseguiu uma façanha.
Em um jogo que foi totalmente dominado, o River tirou da cartola um gol no segundo tempo.
Foi uma das raras vezes que a equipe subiu ao ataque.
Os números não mentem. Foram apenas cinco finalizações dos uruguaios, contra 15 do Santos.
O time paulista ainda teve 73 por cento de posse de bola e ditou o ritmo da partida.
Mas não foi o suficiente para a equipe comandada por Sampaoli reverter a situação.
Ainda fez o gol de empate aos 41 minutos, mas já era tarde pra buscar a virada.
Um vexame para o renomado treinador argentino, acostumado a treinar seleções em Copas do Mundo.
Logo ele, tão elogiado por seu estilo ofensivo e agressivo.
Um cara que gosta que seu time tome a iniciativa e proponha o jogo.
A eliminação fez com que o Santos, antes a sensação do campeonato paulista, virasse motivo de chacota.
Interessante dizer que o Fernando Diniz, treinador do Fluminense, gosta de dizer que tem um estilo parecido com o de Sampaoli.
Pois bem, ele também sofreu ontem à noite com seu time, que não saiu do zero a zero com o desconhecido Antofagasta do Chile.
A história foi a mesma do jogo do Santos.
Um Fluminense propondo o jogo o tempo inteiro e com muito mais posse de bola.
O tricolor carioca terminou a partida com 76 por cento do tempo com a bola nos pés.
Além disso, foram 17 finalizações, contra oito do adversário.
Sem falar nos cruzamentos para a área. Foram 32 no total, para tentar furar a retranca dos chilenos.
Números que mostram a superioridade do time carioca, mas sem conseguir converter esse domínio em gols.
Vendo o drama do Santos e do Flu na Sul-Americana, fico até pensativo se um esquema mais agressivo e com a bola nos pés, funciona mesmo.
Acredito que até funciona. Mas não com elencos limitados que os dois times tem.
Está provado que um bom esquema tático, visando sempre o ataque, só faz efeito se for bem executado.
Mas aí precisa de jogadores talentosos, inteligentes e com boa visão de jogo para dar certo.
Até a próxima.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.