Shedeur Sanders: até onde um sobrenome pode te levar
Quaterback é filho da lenda Deion Sanders e um dos nomes mais famosos deste Draft, mas não foi escolhido no dia 1
O quarterback Shedeur Sanders é um dos nomes mais famosos do Draft da NFL de 2025. Filho da lenda do futebol americano Deion Sanders, o jovem está nos holofotes da imprensa especializada há mais de três anos, inclusive sendo treinado pelo pai. Mas até onde um sobrenome pode levá-lo?
Não me entendam mal, não estou falando de nepotismo. Não quero dizer que Shedeur só chegou onde está porque é filho de Deion, mas precisamos pontuar que ele se aproveitou — e muito — do lar em que nasceu.
A grande maioria dos prospectos não têm em casa um ex-jogador da NFL para dar dicas, indicar os caminhos, colocar em contato com os melhores treinadores, ensinar aquilo que apenas uma estrela do esporte sabe. Shedeur teve tudo isso.
Deion era coordenador ofensivo do filho no ensino médio e, no nível universitário, Shedeur acompanhou os passos do pai, que foi técnico em Jackson State (2021-22) e Colorado (2023-24). Desde o início, o quarterback foi titular das equipes do pai.
Fora de campo, a grife Sanders tornou Shedeur o segundo jogador mais bem pago do futebol americano universitário, faturando cerca de R$ 38 milhões em contratos publicitários em 2024.
Veja também
Obviamente, este holofote sobre os passos dos Sanders tornaram a vida de Shedeur um pouco mais complicada em alguns aspectos. O quarterback não pode se desenvolver à margem da mídia e sempre teve a pressão de carregar um sobrenome histórico. Ainda assim, foram mais benefícios do que malefícios ao longo do tempo.
Na última quinta-feira (24), durante o Draft da NFL, a cada seleção feita pelas franquias, o diretor de imagem da transmissão cortava para a casa dos Sanders, em busca da reação da família. Era esperado que ele saísse no primeiro dia. Não saiu.
Apenas dois quarterbacks foram selecionados na primeira rodada: Cam Ward, pelos Tennessee Titans, e Jaxson Dart, pelo New York Giants. Nada sobre Sanders, só imagens dele aguardando a ligação de uma franquia da NFL.
“Fui construído para o que quer que o hoje possa me trazer”, disse Shedeur no X horas antes do Draft. O bendito dia não trouxe nada.
No final das contas, Shedeuer merece um espaço na liga. E alguém deve selecioná-lo nesta sexta-feira (25) ou no sábado (26). O quarterback tem bons recursos, precisa melhorar em outros, mas é um jovem promissor que teve boas atuações no College. O ponto é: você quer os holofotes da imprensa em um Sanders no banco da sua equipe?
Quando falamos em esporte universitário no Brasil, pensamos em torneios amadores nos quais os alunos-atletas estão muito mais interessados em farrear do que jogar. Nos Estados Unidos, o esporte universitário também é amador, mas a estrutura é maior do que das grandes equipes do futebol profissional brasileiro. Nesta galeria, o Jarda por Jarda mostra a real dimensão do futebol americano universitário
Reprodução Site/Go Ducks/Eric Evans
Não perca nenhum lance! Siga o canal de esportes do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp