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Sensação do futebol americano universitário, time tropeçou num detalhe: um terço foi para cadeia

Entre os crimes estão perseguição, violência doméstica e assassinato, envolvendo jogador que foi estrela na NFL

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window

Urban Meyer treinou o Florida Gators por seis anos Reprodução Site/Florida Gators

A equipe de futebol americano universitário Florida Gators foi a sensação da NCAA — liga universitária — na primeira década deste milênio. O time, liderado pelo quarterback Tim Tebow, foi campeão em duas oportunidades: 2006 e 2008. Entretanto, uma característica muito marcante desse elenco não tem nada a ver com o esporte: a violência.

Um levantamento feito pelo The New York Times mostra que ao menos um em cada três jogadores da equipe de 2008 foi preso em algum momento da vida, seja durante os anos universitários ou posteriormente. Em números absolutos, estamos falando de 41 dos 121 atletas que formaram aquele elenco.

Entre os crimes estão perseguição, violência doméstica, dirigir sob a influência de drogas, agressões e por aí vai. Os mais marcantes são os casos envolvendo dois jogadores que se destacaram muito na NFL: o quarterback Cam Newton e o tight end Aaron Hernandez.

Cam Newton foi eleito MVP da NFL na temporada 2015/2016 Reprodução Site/Carolina Panthers/Chanelle Smith-Walker

Vamos começar por Newton, que teve um crime mais leve e uma carreira de maior destaque. Em 2008, o quarterback foi acusado de roubar um notebook de um aluno da própria universidade. Segundo as autoridades, no momento em que seria abordado pelos agentes, Newton jogou o computador pela janela.

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O episódio fez com que o quarterback deixasse a universidade e fosse estudar em Auburn, onde continuou jogando futebol americano pelos Tigers. Por lá, Newton foi eleito o melhor atleta universitário do país ao levar o Troféu Heisman de 2010.

Já em 2011, o quarterback foi o primeiro jogador selecionado durante o Draft da NFL, levando seus talentos para o Carolina Panthers. Defendendo o time azul, preto e branco, Newton chegou ao Super Bowl na temporada 2015/2016, na qual também foi eleito o melhor atleta da liga. Após experimentar seu auge, o QB não conseguiu manter o alto nível e foi caindo em esquecimento ao longo dos anos.

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Aaron Hernandez jogou um Super Bowl com o New England Patriots

Sobre Hernandez, a história é bem pior. Selecionado no Draft da NFL de 2010 pelo New England Patriots, o tight end fez uma belíssima dupla ao lado do quarterback Tom Brady, reconhecido como maior jogador da história do futebol americano.

Apesar do excelente desempenho dentro de campo, Hernandez nunca foi uma unanimidade no vestiário, sendo considerado um problema por parte dos companheiros, treinadores e diretores da franquia.

Em 26 de junho de 2013, o tight end foi dispensado dos Patriots 90 minutos após ser preso pelo assassinato de Odin Lloyd, que seria amigo de Hernandez. O jovem de 27 anos foi morto a tiros em um terreno industrial próximo à casa do jogador poucos dias antes.

Ao longo dos anos, este não foi o primeiro incidente fora de campo envolvendo o tight end. Durante os tempos de Florida Gators, o jogador foi investigado por uma briga de bar e uma troca de tiros. Em 2011, policiais foram chamados para verificar uma briga na qual o atleta estaria presente.

No ano seguinte, em 2012, Hernandez foi investigado por um duplo homicídio na cidade de Boston, no mesmo estado no qual os Patriots atuam. Em 2013, um amigo do jogador foi encontrado com uma marca de tiro entre os olhos em Miami, horas após sair de uma boate onde o atleta estava.

Em abril de 2015, Hernandez foi condenado à prisão perpétua pela morte de Llody. Dois anos depois, o atleta foi encontrado morto dentro da cela onde cumpria a pena.

O conturbado cenário envolvendo as estrelas do Florida Gators levaram à produção do documentário Untold: Entre o Campo e o Crime (2023), que conta os sucessos e fracassos da equipe dentro e fora de campo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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