Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Gol Delas

Dona de marca histórica pelo Santos, Ketlen Wiggers projeta temporada de 2025 com o clube

Apesar da queda das Sereias da Vila para a Série A2 do Brasileirão, a camisa 7 conquistou feito pessoal com 200 gols anotados pelo clube

Gol Delas|Camila JuliottiOpens in new window

Ketlen começou a carreira no Santos quando tinha 15 anos Reprodução/Instagram @sereiasdavilaoficial e ketlenwiggers - 07/01/25

Se o Santos é uma das referências quando o assunto é futebol feminino — visto que a modalidade foi criada na Vila Belmiro muito antes da obrigatoriedade em 2019 — Ketlen Wiggers faz parte dessa história. Para se ter uma ideia do tamanho do legado da atacante, na temporada passada, ela atingiu a marca de 200 gols pelo Santos, e se tornou a maior artilheira de todos os tempos do clube.

“Eu creio que conquistei tudo que desejei. Claro que eu gostaria de outros títulos, mas sou muito grata por tudo que conquistei até aqui, aconteceram até mais coisas que eu podia imaginar”, afirmou Ketlen ao Gol Delas. “Poder ser a maior artilheira do Santos, estar no muro e outras conquistas individuais que alcancei é algo que nunca planejei ou busquei no Santos, mas foram acontecendo. Sou muito feliz e tenho muita gratidão a toda a minha carreira e a tudo que fiz até aqui”, completou.

Natural de Santa Catarina, Ketlen começou a carreira no Santos quando tinha 15 anos, depois de ser aprovada em uma peneira, e jogou ao lado de ninguém menos que as craques Cristiane e Marta — sua principal referência no futebol feminino. A atleta saiu do Peixe e atuou em outros clubes pelo Brasil, além de ter representado o nosso país nas categorias de base da seleção brasileira. Em 2015, aos 23 anos, ela voltou ao Alvinegro Praiano, onde está desde então.

Diante de uma trajetória de sucesso no futebol, Ketlen elege a primeira edição da Copa Libertadores Feminina, em 2009, como o momento mais especial. “Foram títulos super importantes, né? E é gratificante. Principalmente a primeira Libertadores, por ter sido o primeiro clube a conquistar essa taça. Acho que foi o momento mais marcante, pela forma como foi, as atletas que estavam no elenco também... Foi um título maravilhoso.”


Superação

Mas nem tudo foram flores na trajetória de Ketlen. A craque do Santos enfrentou uma questão séria de saúde e quase interrompeu a carreira. Aos 19 anos, ela foi diagnosticada com um tipo de epilepsia, chamado “crise de ausência”.

“Foi um momento bem difícil da minha vida quando descobri essa doença. No começo, eu não entendia muito bem o que era e o que poderia acontecer comigo. Aos poucos, foi caindo a ficha de que era uma doença grave e eu precisava de tratamento. Quando os médicos me proibiram de jogar bola foi um momento bem difícil, mas como eu sempre falei, eu não desisti”, relembrou.


Ketlen superou a doença, com acompanhamento médico e medicação diária. “Faz nove anos que não tenho crises epiléticas. Então, estou muito feliz com isso, né? O tratamento deu super certo e hoje eu continuo jogando. Estou bem e, às vezes, até esqueço que tenho essa doença”, completou.

Sereias da Vila na Série A2

Apesar da comemoração pela conquista pessoal no ano passado, a atleta teve de lidar com a queda das Sereias da Vila para a Série A2 do Brasileirão. No início da empoada de 2024, o time passou por uma reformulação e sofreu com uma ma gestão, além de investimento mais baixo, devido à queda do time masculino para a Série B.


“Foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira, da minha vida. Eu sabia que seria um ano difícil até pelo fato de ser de ter sido um ano de renovação, até o time se encaixar demorou bastante”, analisa Ketlen, que se mostra confiante para 2025: “Eu creio que para esse ano, faremos ótimos campeonatos, teremos um elenco muito bom, para poder começar o ano bem e se Deus quiser voltar a Série A1″.

Em 2024, a jogadora atingiu a marca de 200 gols pelas Sereias da Vila Reprodução/Instagram @ketlenwiggers - 05/12/24

Além da torcida por um ano melhor para as Sereias da Vila, a atleta projeta mudanças para o futebol feminino como um todo. “Claro que o futebol feminino melhorou muito desde quando eu comecei. Mas creio que ter mais campeonatos nos ajuda bastante. Pra gente ter um calendário mais cheio e também mais clubes olharem para modalidade, que tem crescido no Brasil. Quantos fãs a gente tem encontrado? Então, que isso possa acontecer nesses próximos anos pra a gente poder ver futebol feminino crescendo ainda mais”, afirma.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.