Vencedor de Corinthians e Inter foi o Palmeiras. Medo de Mano e de Vítor Pereira sabotou os times
Depois de estarem na frente no placar, Corinthians e Internacional recuaram. A mando de seus treinadores. Empate tirou a chance de os clubes chegarem à segunda colocação no Brasileiro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
O prêmio era alto demais.
A segunda colocação no Brasileiro.
Ficar a seis pontos do líder Palmeiras.
Mas desde que vencesse o confronto em Itaquera.
E tanto Vítor Pereira como Mano Menezes escolheram estratégias semelhantes.
Depois de marcar um gol, recuar seu time, sonhar com contragolpes.
Só soltar a equipe, após sofrer um gol.
Esse medo da derrota, que transformou as equipes em bipolares, foi do início ao fim da partida.
E o resultado foi ótimo.
Mas para o Palmeiras: 2 a 2, na arena Neo Química.
E para o Flamengo, segundo colocado, com sete pontos de distância.
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Um desperdício.
"Fica o sentimento (de derrota). Fica o gosto amargo, porque tivemos chance de matar o jogo, especialmente no primeiro tempo.
"Mas é valorizar o Inter, está fazendo um grande campeonato, também.
"Fica este gostinho da vice-liderança, mas tem muito campeonato pela frente. Temos um time competitivo e vamos saber digerir este empate para buscar mais pontos nas próximas rodadas", dizia, sincero, Fábio Santos, um dos maiores líderes do elenco, não escondendo a frustração pelo empate.
"Jogo tenso, confronto direto contra um grande adversário. Sabemos a força do Corinthians e suportamos. Foi um jogo truncado, soubemos sofrer, apesar do gol.
"O time foi maduro durante o jogo e conseguimos bons momentos. Claro, queríamos a vitória, mas é seguir trabalhando, estamos no pelotão de frente e a equipe está numa crescente boa", dizia, mais feliz, Alan Patrick.
A partida, frenética, começou com um grande susto para o Corinthians. E o primeiro chilique de Vítor Pereira. Aos 45 segundos, depois de cobrança de lateral, a defesa paulista estava completamente desatenta. Alemão entrou para a dividida com toda a vontade, diante de Gil, sem reflexo. O atacante ficou com a bola e marcou 1 a 0, Internacional.

E reflexo imediato.
Mano recuou suas linhas, já buscava contragolpes. Apostava nos erros do time corintiano, pressionado por sua torcida.
Mas que falhou infantilmente foi a defesa do Internacional.
Tomou um gol de escanteio, situação cada vez menos aceitável no futebol moderno. Gustavo Mosquito cobrou, Gil cabeceou, com toda a liberdade, e Balbuena tocou para o fundo das redes gaúchas. 1 a 1.
O lance irritou não só Mano Menezes, mas como os jogadores do Internacional, que perderam a concentração. Do outro lado, a confiança veio para o Corinthians.
E graças à uma falha específicia.
Róger Guedes, extremamente egoísta e indeciso, bateu cruzado, fraco. O goleiro Daniel se atrapalhou ao tentar encaixar a bola e acabou por rebatê-la, de graça, nos pés, de Yuri Alberto. O ex-jogador do Internacional não perdoou. 2 a 1, Corinthians, aos 18 minutos.
A virada corintiana foi a senha para a equipe recuar. Cena mais do que previsível. E o Internacional começou a ter mais espaço para trocar bola. Faltava intensidade, no entando, à marcação corintiana. Tomou bola na trave, depois de falha de Fausto Vera. Mauríciou chutou cruzado, Cássio se esticou, mas viu sua baliza balançar.
No segundo tempo, a postura do Internacional ficou ainda mais agressiva, com a entrada do técnico Alan Patrick. E bastaram 21 minutos em campo, para o talentoso, mas lento meia, dar um chute espetacular da entrada da área, sem chance para Cássia.
2 a 2.

A partir do gol, os times trataram se de precaver.
Ainda mais o Corinthians.
Os dois se contentaram com um ponto.
Pouco demais para a dupla.
Vítor Pereira e Mano Menezes sabiam que Palmeiras e Flamengo deram chance de uma recuperação importante na parte alta da tabela, com empates contra o Red Bull Bragantino e Ceará.
E estavam frente a frente, brigando para assumir a segunda colocação e diminuir a diferença para seis pontos, diante do time de Abel Ferreira.
Essa 25ª rodada serviria para isso, já que depois dela, restam apenas 13 jogos para cada time.
A responsabilidade maior, sem dúvida, era do Corinthians, que jogava em casa. No seu caldeirão, com o incrível apoio de 41 mil torcedores.
O treinador português havia optado começar o jogo com três volantes de força física: Fausto Vera, Ramiro e Giuliano. Para que Gustavo Mosquito, Yuri Alberto e Róger Guedes tivessem liberdade de pensar no ataque, sem tanta preocupação em defender.
Em clássico 4-3-3.
Fagner, como de costume, estava liberado para apoiar.
O plano de Vítor Pereira para vencer o jogo dependia muito de seu time sair na frente no placar. Mas aos 45 segundos ele já estava histérico no banco de reservas. Não acreditanto na desatenção da sua defesa, na cobrança de um lateral que possibilitou o truculento Alemão ganhar de Gil e marcar 1 a 0.
Mano Menezes, especialista em times retrancados fora de casa, havia preparado um meio-campo mais leve, porém com mais jogadores preenchendo a intermediária. Tradicional 4-5-1.
Ganhando o gol 'de presente', antes do primeiro minuto, Mano fez o que mais gosta. Mandou sua equipe recuar, tratar de fazer o Corinthians se abrir ainda mais. Para tentar contragolpes.
A ordem chegou de forma imperial.
E foi aceita de forma absurda por seus jogadores. O maior reflexo disso foi o cartão amarelo do goleiro Daniel. Por cera, fazer o tempo passar. Ele tomou o cartão aos oito minutos do primeiro tempo!
O Corinthians, empurrado por seus torcedores, ganhou espaço na intermediária. Mas esbarrava no egoísmo inaceitável de Róger Guedes. Ele queria resolver sozinho o jogo. As bolas que chegavam nele morriam, em dribles desnecessários ou chutes precipitados. Sem a sombra de Willian, que voltou para a Inglaterra, o atacante joga para ele e não para o time.
Situação que a Comissão Técnica, principalmente Vítor Pereira, percebeu. E que será duramente cobrada.
Coube, no entanto, à defesa do Internacional oferecer o empate. Estática, mal posicionada, em um escanteio, assistiu Gil cabecear com liberdade para Balbuena empatar, 12 minutos.
E, aos 18 minutos, coube a Daniel oferecer a virada, se confundindo ao tentar defender chute fraquíssimo de Róger Guedes. Yuri Alberto ganhou o 'presente do ano'.
2 a 1, Corinthians.
Em vez de o time se aproveitar do péssimo momento defensivo do Internancional, recuou. Também a mando de Vítor Pereira.
O espaço, desta vez, foi oferecido ao Internacional.
Para desespero da torcida corintiana, que não se conformava com o time gaúcho receber o domínio do jogo.
E foi assim, com as linhas avançadas, que quase conseguiu o empate ainda no primeiro tempo. Fausto Vera foi brincar no meio-campo, ofereceu contragolpe com a defesa desarrumada. E Mauricio acertou chute cruzado, na trave, aos 43 minutos.
No segundo tempo, se esperava mais atitude do Corinthians. Puro erro. Quem teve atitude foi o Internacional, principalmente depois da entrada de Alan Patrick, no lugar de De Pena, no intervalo.
Apesar de o time de Vítor Pereira estar recuado, dava espaço aos jogadores fundamentais do Internacional. E pagou caro, aos 21 minutos, quando o meia Alan Patrick bate de fora da área, com toda liberdade, ajeitando o corpo, para que a bola fosse no alto, pertinho do ângulo, indefensável para Cássio.
Com o empate em 2 a 2, os dois treinadores trataram de fechar as intermediárias.
E se contentaram com pouco.
Abdicaram da vitória.
Empate ótimo para o líder Palmeiras.
E para o segundo colocado Flamengo...
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