Vaias viraram rotina. Bipolar, São Paulo perde para o Mirassol, em pleno Morumbi. 2 a 0 foi pouco. E Oscar tem lesão preocupante

“Vaias, muitas vaias.”

Palavrões.

Coro dolorido de ‘vergonha, vergonha, vergonha’.

A maioria dos jogadores do São Paulo saiu desnorteada, de cabeça baixa.

A noite de sábado foi de mais vexame no Brasileiro.

Mesmo com o apoio de 30 mil torcedores, que enfrentaram o frio de 17 graus no Morumbi, o time foi dominado pelo Mirassol.

Em uma das piores atuações de 2025, o placar de 2 a 0 foi modesto para o time interiorano.

“Infelizmente, hoje foi uma noite que não encaixou o que pretendíamos fazer.

“Infelizmente, eles conseguiram ter mais posse de bola, colocar em prática o jogo deles.

" A gente entende a frustração da equipe, de todo mundo que esteve aqui hoje.”

Alisson analisou superficialmente a derrota.

Ele tinha conhecimento de causa no que dizia.

Porque foi muito sacrificado nas intermediárias, como único jogador marcador.

Pablo Maia teve péssimo desempenho, perdido, não sabendo para onde correr.

Oscar, que não tinha comportamento normal, deixou o jogo no intervalo.

Teve fortes dores na coxa esquerda, a lesão é preocupante.

Luciano não ajudou na recomposição, se comportava como privilegiado taticamente, só se preocupava em atacar.

E estava em noite sem inspiração.

Lucas Ferreira e André Silva se movimentaram pouco e deram pouquíssimo suporte para fechar as laterais.

Sonolento, sem criatividade, o São Paulo foi presa fácil para o surpreendente Mirassol.

O time interiorano mostrou sincronia de movimentos, intensidade na marcação e muita velocidade no ataque.

Além de mostrar personalidade.

Reinaldo segue sendo excelente opção ofensiva e jogou ainda mais motivado contra seu ex-clube.

A equipe de Rafael Guanaes não passou susto, atuou como se estivesse em casa.

Deprimente o comportamento passivo do São Paulo.

“Hoje fomos mal, a equipe não funcionou, por mais que tenhamos nos esforçado. A equipe sentiu o acúmulo de jogos, a ausência de jogadores, a somatória de jogos a cada três jogos, no último a mudança de clima (em Recife).

“Não funcionou, perdemos para um rival que fez bem seu trabalho, jogou fresco depois de uma semana de trabalho. Lamentavelmente, não pudemos somar (pontos)”, lastimava o auxiliar Maxi Cuberas.

Ele comandou o time. Mais uma vez, Luiz Zubeldía estava suspenso.

Se tornaram crônicas a suspensão do argentino, que deveria estar à frente da equipe, nesta bipolaridade preocupante.

Sim, o São Paulo não consegue mostrar o mínimo de estabilidade.

Independente dos desfalques, a estrutura tática varia.

O time não consegue marcar pressão, recompõe com lentidão e muito previsível, sem movimentação, no ataque.

O Mirassol se mostrou muito mais consciente.

Sabia que tinha de dominar as intermediárias, congestionar o time a partir do meio campo e travar as laterais.

A troca de passes era mais objetiva, instigante.

Os gols de Gabriel e de Reinaldo, cobrando pênalti, foram mais do que justos.

2 a 0 foi muito pouco.

Reinaldo, que jogou de 2013 a 2022 no São Paulo, fez questão de comemorar seu gol para o Mirassol.

“Todo mundo fala, os torcedores dizem que não pode comemorar, mas é como sempre falo. O Mirassol me abriu as portas e (não comemorar) é faltar com respeito ao Mirassol. Um time que me recebeu muito bem e vem me dando suporte. Foi assim no Grêmio e em todas as equipes que fui, que me deram a condição de trabalhar. Não é falta de respeito contra o São Paulo, é a minha forma de mostrar respeito à camisa que estou vestindo.”

Além de celebrar o gol para o time interiorano, Reinaldo fez questão de beijar a pequena bandeira do São Paulo, em cima do pau de escanteio.

“Beijei a bandeira porque todos os torcedores sabem, e não nego para ninguém o amor que tenho pelo São Paulo”, resumiu, feliz.

Oscar será submetido a exames de imagem.

Há séria preocupação em relação às dores na sua coxa esquerda.

O medo é que tenha sido um estiramento.

E que pode até tirá-lo de eventual convocação para a Seleção Brasileira.

Cresce a rejeição a Zubeldia.

Treinador não consegue conter a bipolaridade do São Paulo.

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