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Tite fez sua obrigação. Convocou Pedro. Mas, de forma lastimável, reserva lugar para Daniel Alves na Copa. Revoltante

O treinador fez sua última convocação para amistosos antes da Copa. Contra as medíocres Gana e Tunísia. Pedro, Bremer, Ibãnez e Everton Ribeiro foram as grandes novidades. Mas ele guarda a vaga de Daniel Alves

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Tite fez sua obrigação. Convocou o melhor definidor para a Copa do Mundo. Pedro
Tite fez sua obrigação. Convocou o melhor definidor para a Copa do Mundo. Pedro

São Paulo, Brasil

Goleiros: Alisson, Ederson e Weverton

Laterais: Danilo, Alex Sandro e Alex Telles

Zagueiros: Bremer, Eder Militão, Marquinhos, Ibañez e Thiago Silva

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Meio-campistas: Bruno Guimarães, Casemiro, Everton Ribeiro, Fabinho, Fred, Lucas Paquetá

Atacantes: Antony, Roberto Firmino, Matheus Cunha, Neymar, Pedro, Raphinha, Richarlison, Rodrygo e Vinicius Júnior

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Tite acaba de fazer sua última convocação para amistosos antes da Copa do Mundo. Dois adversários medíocres, como virou rotina, resumo da péssima preparação para o Catar. 

Gana, no dia 23, em Le Havre, e Tunísia, no dia 27, em Paris. As partidas na França servirão não apenas para os últimos testes do treinador. Mas como aviso público.

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Ele cedeu às evidências e levará Pedro, em fase espetacular, à Copa. Mas desistiu, de vez, de Gabigol. Não há espaço na sua seleção para os dois.

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Tite não foi nada sutil na revoltante proteção que faz a Daniel Alves. O técnico quer o jogador de 39 anos no Catar, até por ser o único atleta que Neymar respeita, e não se deu ao trabalho de convocar sequer dois laterais-direitos. Apenas Danilo. Situação bizarra.

Daniel Alves, que está jogando muito mal, sendo até ridicularizado no México, terá tempo para se recuperar.

Tite avisou que, se precisar, improvisará Éder Militão pelo lado direito da defesa brasileira. Só para deixar guardado o lugar de Daniel Alves.

Um privilégio inaceitável. 

O preparador da seleção, Fábio Mahseredjian, tratou de fazer um discurso, deixando claro quanto a comissão técnica quer levar Daniel Alves ao Catar.

"O Dani chegou ao México e cinco dias após fez sua estreia. Não teve pré-temporada. Teve uma gastroenterite que o fez perder massa magra. Isso, claramente, afetou sua performance no estado físico. Sabemos o que ele pode fazer, mas neste momento não se encontra em condições de estar conosco para estes dois jogos. Mas se tratando da Copa do Mundo ele pode voltar sim."

Daniel Alves: muito criticado pelo fraco futebol no México. Mas Tite quer levá-lo para controlar Neymar
Daniel Alves: muito criticado pelo fraco futebol no México. Mas Tite quer levá-lo para controlar Neymar

A convocação final para a Copa do Mundo deverá ser no dia 7 de novembro. 

Everton Ribeiro, que também voltou a jogar muito bem, desde que Dorival Júnior chegou ao Flamengo, terá sua última chance.

Tite nutre um "amor incondicional" pelo futebol de Philippe Coutinho, esteja ele jogando bem ou mal. Mas, desta vez, preservou o meia do Aston Villa, que está se recuperando de contusão, e deu oportunidade ao meia flamenguista.

Da mesma maneira que levou Léo Magalhães, do Arsenal, e Léo Ortiz, do Bragantino, para os amistosos contra Japão e Coreia do Sul, ele convocou Bremer, da Juventus, e Ibãnez, da Roma.

Os quatro disputam um lugar como zagueiros reservas no Mundial. Porque Marquinhos e Thiago Silva formarão a zaga. Éder Militão é o primeiro suplente. E Tite escolherá entre um ou dois para levar ao Catar.

Tite aproveita toda a badalação em cima de Pedro para ser fiel a um jogador que o ajudou muito antes da Copa do Mundo de 2018. Roberto Firmino. O treinador quer fazer uma derradeira tentativa com o versátil atacante do Liverpool, que está longe da sua melhor fase.

E deixou "de fora" Gabriel Jesus. O treinador da seleção tem verdadeira obsessão pelo atacante do Arsenal. Ele sabe que o sacrificou na Rússia, obrigando-o a correr atrás de zagueiros e laterais, para que Neymar ficasse descansado, apenas esperando a bola no ataque.

Gabriel Jesus está garantido no Mundial.

Os merecidos elogios a Pedro não poderiam faltar.

"Pedro, especificamente, é um 9 de área terminal. Jogador da última bola, jogador da conclusão. É o Fred atual. Tem grande capacidade de construção. Contra uma equipe que joga muito atrás, fechada, precisa de jogadas de lado que te permitam um gol de cabeça."

"O gol contra o Vélez mostra isso. Ele empresta esta qualidade."

Tite é muito agradecido pelo que fez Firmino antes da Copa da Rússia. Força a última chance
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E ele prometeu que usará Pedro como atua no Flamengo, centralizado, mas com liberdade para flutuar entre os zagueiros adversários. Não violentará sua característica principal, como fez com Gabigol, "engessado" entre os beques rivais, como um poste.

"Vamos usar o Pedro do mesmo jeito que é utilizado no Flamengo. Temos que respeitar as características do atleta", disse, se esquecendo do que fez com Gabigol, centralizado, e Bruno Henrique, que vivia fase fabulosa na esquerda. E o escalou na direita, para não "roubar espaço" de Neymar.

Uma situação tática importante foi descartada publicamente por Tite. O Brasil abrirá mão da possibilidade de atuar com três zagueiros.

França, Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Suíça são algumas seleções que recorrem frequentemente a esse modelo de jogo descartado pelo convencional Tite.

"A gente tem que ter cuidado com a nomenclatura. Às vezes o lateral pode fazer uma saída de três. A gente utiliza esta forma porque estamos com um monte de ponta. Eu não posso ter um lateral de ponta se não sacrificamos a geração que é boa."

"Fazer três zagueiros, não. Temos um curto espaço de tempo. O Militão de lateral não é três zagueiros, é uma linha de quatro. Estas variações táticas este ciclo nos permitiu. O Neymar de 10 ou de 9 livre. Paquetá por dentro ou por fora. Temos estas variações na equipe. Fazer três zagueiros agora? Não!"

Tite usa como desculpa não utilizar três zagueiros no Mundial de 2012. Há dez anos...
Tite usa como desculpa não utilizar três zagueiros no Mundial de 2012. Há dez anos...

Diante da reação dos jornalistas, Tite tentou completar.

Lembrando o que aconteceu há dez anos...

"Quando você faz duas linhas de quatro, há uma distância. Quando muda as linhas, as distâncias se tornam muito diferentes. Eu errei na final do Mundial e quase perdi o título com o Corinthians, quando coloquei mais um defensor, que mais atrapalhou do que organizou."

Tite segue sendo fiel aos seus protegidos.

E ortodoxo na maneira de montar a seleção brasileira.

Foi assim que perdeu a Copa da Rússia...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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