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Cosme Rímoli - Blogs

Tite aprendeu com a Copa. Não morre mais abraçado com o time

Treinador tirou lições na Rússia. Nada de repetir o que não está dando certo. Everton e Gabriel Jesus entrarão. No lugar de David Neres e Richarlison

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Tite sabe que está pressionado. O Brasil tem de reagir, vencer amanhã
Tite sabe que está pressionado. O Brasil tem de reagir, vencer amanhã

São Paulo, Brasil

Itaquerão

Tite percebeu.

Ele precisava reagir.


Foram dois jogos decepcionantes, contra os adversários mais fracos do Grupo A. Bolívia e Venezuela.

Não repetirá o seu maior erro cometido na Copa do Mundo.


Percebeu ser uma bobagem insistir com jogadores que não estão rendendo. Richarlison e David Neres deverão sair do time. Gabriel Jesus e Éverton Cebolinha serão os titulares.

O técnico garante que a equipe será muito mais objetiva. Não insistirá no toque de bola inútil, na intermediária, longe do gol adversário.


"Concordo com quem diz que o Brasil precisa chutar mais a gol. Bater de fora da área. Posso dizer que os jogadores saíram de pernas inchadas de tanto bater a gol", dizia, Tite.

O técnico sabe que há uma grande diferença técnica a favor dos brasileiros diante dos peruanos. E que seria enorme vexame se não saísse em primeiro lugar no Grupo A.

Por isso, a mudança radical ao que fez na Copa do Mundo da Rússia.

Tite quer fazer do estádio que conseguiu 83% de aproveitamento treinando o Corinthians, o ponto inicial da superação da Seleção na Copa América. 

"Eu tenho muito orgulho do que fiz por aqui. Não pelo aproveitamento, mas rendimento do time. E é isso que eu quero da Seleção."

Nem ele e nem seus jogadores não estavam preparados para as vaias no Morumbi e na Fonte Nova.

"Se eu puder para o torcedor, peço que tenham carinho, principalmente pelos novos jogadores. Não há como mentir. Eu sinto e todos os jogadores sentem."

Tite não disfarça o orgulho de tudo o que fez quando treinou o Corinthians
Tite não disfarça o orgulho de tudo o que fez quando treinou o Corinthians

O lado cômico de sua entrevista foi quando teve de responder sobre espionagem. Um drone foi visto ontem no Pacaembu, no treinamento fechado do Peru.

"Tenha a minha palavra de honra de que não houve nada. A palavra de honra. Se tiver que pagar esse preço para vencer, eu pego meu boné e vou para casa. Se tiver que bater para vencer, pego meu boné e vou para casa. Não tenho mais idade para isso."

Esta foi sua primeira resposta.

Mas ele se lembrou de que mandou seu auxiliar Cléber Xavier espionar o treinamento do Corinthians, em 2002. Era véspera da final da Copa do Brasil. Mas Cléber foi reconhecido e quase apanhou no Parque São Jorge.

"Não fiz isso no início da carreira, vou fazer agora? Bom, eu fiz, mas não comparem... fiz com o Cleber (Xavier), contra o Corinthians (final da Copa do Brasil de 2001), em um treino aberto. O treino é aberto, eu vou lá ver! Ok, foi lá no início, e eu fiz. Agora vocês têm minha palavra, não faço mais."

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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