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Sem saudade de Jô, o Corinthians vence o Juventude, na partida mais fácil do ano

O time de Vítor Pereira, superior ao Juventude, de Eduardo Baptista, teve o trabalho facilitado. Marcou logo no início, com Adson. Administrou o jogo. E ainda fez o segundo, com Mantuan. Três pontos obrigatórios

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O gol de Adson, no início do jogo, deixou tudo mais fácil. O Juventude se mostrou muito fraco
O gol de Adson, no início do jogo, deixou tudo mais fácil. O Juventude se mostrou muito fraco

São Paulo, Brasil

Com o auxílio da desatenção e muito espaço, oferecidos pelo Juventude no primeiro minuto de jogo, o Corinthians voltou à liderança do Campeonato Brasileiro.

Adson, livre, escolheu o passe para Giuliano, que tocou para Rafael Ramos, sozinho. O lateral português cruzou, e a bola chegou ao mesmo Adson, que estufou as redes.

1 a 0.


O gol aos 60 segundos acabou com a principal pretensão de Eduardo Baptista. A de travar o jogo em Itaquera, enervar o time de Vítor Pereira, provocar erros do favorito, que atuava em casa. 

O time de Vítor Pereira ganhou confiança para trocar passes, buscar triangulações, atacar em bloco. Tudo com a colaboração de uma marcação frouxa do penúltimo colocado no Brasileiro e um dos favoritos ao rebaixamento.


Sem forçar, com muita tranquilidade, aos 38 minutos do segundo tempo, Du Queiroz invadiu a intermediária do Juventude com a bola dominada e serviu a Mantuan. O chute saiu forte, cruzado, indefensável para César. 2 a 0. 

O Corinthians não correu risco em momento algum.


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Foi a partida mais fácil de 2022.

"A gente está há um mês sem perder. Precisávamos de um jogo desses diante de nossa torcida", dizia o jovem Mantuan, feliz por seu gol. 

Mas, mesmo com uma partida tão fácil, ficou clara a necessidade de o Corinthians buscar um atacante de definição.

Jô, que teve seu contrato rescindido pelas farras e por medo da torcida, não deixou saudade, por sua postura irresponsável. A solução hoje foi coletiva. Mas a chegada de um definidor é mais do que necessária.

Róger Guedes bem que tentou. Escalado como atacante mais agudo, ele correu pelos dois lados do campo, tentou tabelas, chutes, fazer o pivô. Mas não se sente à vontade. Rende muito mais pelo lado esquerdo, setor que está reservado a Willian, mais talentoso do que ele.

Vítor Pereira sabia muito bem que os três pontos eram mais do que obrigatórios, diante do adversário fraquíssimo. Deixou apenas Du Queiroz como jogador de marcação no meio-campo. Renato Augusto, Giuliano e Adson tinham toda a liberdade para trocar de posição e se preocupar só com a articulação de jogadas ofensivas.

Adson completou o ótimo cruzamento de Rafael Ramos. A um minuto, o jogo estava definido
Adson completou o ótimo cruzamento de Rafael Ramos. A um minuto, o jogo estava definido

Róger Guedes flutuava como improvisado centroavante, e Willian tinha o lado esquerdo para buscar a linha de fundo ou entrar na diagonal.

Rafael Ramos tinha licença para atacar pela direita.

O móvel 4-3-3, como o treinador português gosta.

O Juventude atuava em um frouxo 4-5-1. A equipe gaúcha decepcionava pela postura absolutamente submissa. O gol tomado no primeiro minuto deixou o time amedrontado, sem confiança. Tratando apenas de se defender.

No segundo, o Corinthians seguiu controlando a partida. Até que Mantuan marcou 2 a 0. 

Foi a partida em que o time menos correu risco no ano.

O Corinthians enfrentou um adversário completamente sem ambição, um time espaçado, sem vibração. Que nem sequer mostrou luta, vontade de sair com resultado melhor de Itaquera. O Juventude, visivelmente amedrontado, respeitou demais a equipe corintiana.

Adson, 21 anos, Mantuan, 20 anos. Dos últimos nove gols, oito marcados por jogadores formados no clube
Adson, 21 anos, Mantuan, 20 anos. Dos últimos nove gols, oito marcados por jogadores formados no clube

A partida valeu para dar mais confiança a Giuliano e Renato Augusto, que, com espaço, puderam dominar as intermediárias. E também para o lateral-direito português Rafael Ramos, que mostrou recuperação até emocional, diante do grave problema com o meio-campista Edenílson, do Internacional. Rafael se livrou da acusação na Justiça Comum de ter chamado o adversário de macaco.

Agora, cabe a Vítor Pereira tratar de simplificar seu próprio trabalho. E começar a definir a forma tática que quer para o Corinthians. A escolhida de hoje, apesar de toda a facilidade oferecida pelo Juventude, se mostrou eficiente.

Quanto a Eduardo Baptista, ele que mostre mais coragem, mesmo com elenco fraco. Senão, o rebaixamento será apenas uma questão de tempo. Caso ele não seja demitido antes.

O jogo em Itaquera foi previsível demais...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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