São Paulo, Brasil A perspectiva de perder Alexandre Pato para o Palmeiras foi o incentivo final para o inseguro Leco. O dirigente, que decide absolutamente tudo relacionado às finanças no clube, fez uma proposta irrecusável para André Cury, empresário do jogador. Misturou tempo de contrato, três anos e nove meses, ressarcimento dos 2,5 milhões de euros (R$ 10,9 milhões), divididos nos 44 meses de contrato. Serão cerca de R$ 250 mil. Eles serão acrescidos à salários de R$ 750 mil mensais. Pato receberá cerca de R$ 1 milhão a cada mês. Fora premiações especiais por convocações, artilharia e títulos. É uma negociação de R$ 44 milhões. A primeira proposta do São Paulo era até 2020. O que abriu brecha para o Palmeiras, que também desejava o atleta, mas não queria bancar um prazo maior do que dois anos. Já que o jogador completará 30 anos em setembro. Ao final de 2022, ele estará com 33 anos. Alexandre Mattos teria como oferecer mais dinheiro que o inseguro Leco se o contrato fosse até o final de 2020. Mas 2022 não interessava ao Palmeiras. O que foi essencial para que o São Paulo fechasse a negociação. Nos bastidores, havia a certeza de que André Cury decidiria até sexta-feira. Veja mais: São Paulo vai à Itu para defender vaga contra Ituano Só que para o inseguro Leco o dia teria de ser hoje. E por isso que a informação foi vazada na tarde desta quarta-feira. Serve como remédio preventivo à uma eventual eliminação do Paulista, diante do Ituano. Mesmo se o pior acontecer em Itu, o clube tem uma novidade alvissareira, que deixará o ambiente mais tranquilo em relação ao futuro. Mattos consultou o presidente Mauricio Galiotte e foi desestimulado a seguir no leilão silencioso que travava com o São Paulo. A ordem foi de não igualar a proposta são-paulina. O presidente do Santos, José Carlos Peres, não teve chance real de disputar o jogador. Não interessava a Cury e ao atleta atuar em clube com menor poder econômico que o São Paulo. Pato tem a promessa de que a equipe será reforçada já para o Brasileiro. Veja mais: São Paulo apresenta Cristiane e dá início a projeto no futebol feminino Cuca deverá assumir o time na próxima semana. Ele pediu e foi liberado pelos médicos que desobstruíram uma importante artéria do seu coração. O treinador, a pedido do inseguro Leco, conversou com Pato. E disse que ele seria muito útil ao time. Mas a conversa só aconteceu quando o técnico teve a garantia de que jogadores que deseja, como Tchê Tchê e Keno (ou Roger Guedes) chegarão para o Brasileiro. Entre os dois dos três atletas que indicou ou Pato, ele ficaria com Pato. O São Paulo já havia comprometido R$ 26 milhões com Pablo. Agora, compromete mais R$ 44 milhões com Pato. São R$ 70 milhões só com dois atacantes. E com a mesma característica. Por trás desse gasto não há nenhum planejamento. Só desespero por sete anos de jejum. E pressão pelos fracassos repetidos do inseguro Leco. Desde que ele assumiu em outubro de 2015, o tricampeão mundial não conquistou um título sequer. Nem chegou à qualquer decisão. O inseguro precisava de mais um escudo. Como foram Rogério Ceni, Ricardo Rocha, Raí, Lugano. Veja mais: Confira o ranking de média de público dos clubes de Série A em 2019 Por isso, a decisão de ter Pato 'de qualquer maneira'. A concorrência com o 'clube da Crefisa', como se referem alguns conselheiros quando falam do rival, fez o clube gastar muito mais dinheiro do que esperava para ter o atacante. Mas a tarde é de champanhe no Morumbi. O clube até já colocou um vídeo, feito às pressas, confirmando a transação. "Aqui, o coração bate mais forte", é o título de uma sequência de imagens de torcedores, que termina com uma cena requentada de Pato comemorando um gol pelo São Paulo. Ele atuou pelo clube entre 2014 e 2015. O momento é de festa para os dirigentes. Principalmente ao inseguro Leco. O São Paulo 'venceu' o Palmeiras. Que a noite em Itu seja alegre...Veja o resumo das duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Euro